Maria Falconetti num papel de entrega máxima (martírio é fazer um papel desses sob a direção de Dreyer) conseguindo expressar perfeitamente a dor por meio dos olhos e lágrimas, aliada à perfeição técnica da direção, cria uma obra-prima do cinema mudo.
Mesmo um tanto maniqueísta (como deixaria de ser?), 'O Martírio de Joana d'Arc' é um filme maravilhosamente bem orquestrado em seus closes e takes, e Maria Falconetti está soberba, numa das atuações mais poderosas do cinema.
Uma perfeição técnica.
Jamais a expressão de uma atriz foi assombro semelhante, cada close enche a tela de dor e agonia - o mais impressionante é aquele brilho da esperança na vida eterna que o olhar dela consegue.
Tem o tamanho certo, pois vira repetição logo.