Considerado um dos maiores nomes da história do cinema, este dinamarquês sempre se preocupou em abranger problemas de religiões, do Bem e do Mal, Deus e Diabo, tornando-se assim conhecido como ‘o cineasta da vida interior’. Sua principal obra é Martírio de Joana d´Arc, seu único filme comercializado aqui no Brasil.

Antes de ingressar no cinema, Dreyer trabalhou como pianista e telegrafista até 1912, quando arranjou um emprego para inserir legendas em filmes. Seu primeiro trabalho como diretor aconteceu em 1918, com grande influência de outro mago das telas de cinema, D. W. Griffith.

Era tão bom no que fazia que muitas vezes seus filmes de poucas legendas precisavam, tudo o que era necessário para a compreensão já falava por si só. Quando ficou 10 anos parado, entre as gravações de Vampyr e Dies Irae, trabalhou como colunista judiciário e fazendo documentários particulares.

Histórias dizem que a atriz que protagonizou Martírio de Joana d´Arc, Falconetti, quase enlouqueceu com tamanha cobrança de Dreyer pelas suas expressões faciais, em nome do realismo ao personagem. Tal perfeccionismo acabou contribuindo para o fim inesperado da carreira deste grande cineasta da história do cinema, no qual o último trabalho pode ser visto em Gertrud.

Fonte: Dicionário de Cineastas, de Rubens Ewald Filho.