Lupas (30)

Não é exagero dizer que 'Stagecoach' é um filme obrigatório para quem quer pensar e realizar Cinema. É uma aula de como movimentar a câmera com simplicidade e precisão, de como procurar o melhor enquadramento, extrair emoção de pequenos detalhes. Da melhor forma de empregar a paisagem como registro. Da melhor maneira de construir cenas de ação em prol da narrativa. Olhar que busca sempre o poético da aventura. John Ford vale por uma faculdade de Cinema.

Assistindo alternadamente às versões de 1939 e 1966, poucas ou quase nenhuma mudança, uma modernização e adequação abismal entre as duas, ambas coloridas, mas a qualidade de filmagens, as atuações mais primorosas. Peguei amor pelos personagens (super carismáticos, engraçadinhos e fofos) mas torci pelos indígenas. Na versão de 66 o final foi um bang-bang de luxo. Aqui encanta me a qualidade da produção considerando toda limitação da época, um faroeste cômico, leve, despretensioso e apaixonante…

Tenho a mesma opinião que o Eduardo. Embora Ford tenha filmes melhores.

Mito fundador dos westerns que se seguiriam (John Wayne, Monument Valley...), com um ineditismo forte na câmera de Ford (noções de profundidade exuberantes). Melhora bastante pro final, mas não me encantou como o costumeiro das grandes obras de Ford.

Que bela direção! Ford consegue dar profundidade à nove personagens em um filme de uma hora e meia. Louvável!

29/09/08 -Um faroeste que marcou época, tornou Ford um cineasta respeitado e John Wayne uma estrela. Com personagens muito bem elaborados e cenas marcantes que foram infinitamente imitadas e muita ação.

Não é à toa que é um western clássico de marca maior, algumas cenas de beleza primorosa, ainda hoje muito gostoso de se assistir. Abraços!

Renegados em tempos difíceis.

Uma prova pra saber se o filme é bom mesmo ou só nos critérios mais subjetivos: reassistir. Reassiti, gostei muito mais. Isso já diz muito.

Um divertido e seminal Western que ainda funciona muito bem, apesar de ter sido drenado pelo próprio legado.

Pra mim, o que enfraqueceu foi focar durante todo o filme aquele grupo de pessoas, para no final criar uma história meio que individual. No mais, tem-se aqui algumas cenas bem memoráveis e marcantes, tais como a perseguição final.

Em meio a arquétipos de uma sociedade hipócrita, John Ford inova a técnica com profundidade de campo como método narrativo e com contra-plongées em ambientes internos e externos, e emerge o mito do velho oeste John Wayne a partir de um close incisivo.

Sem graça... Fala sério...

"Sure I can find another wife. But she take my rifle and my horse. Oh, I'll never sell her. I love her so much. I beat her with a whip and she never get tired." "Your wife?" "No, my horse. I can find another wife easy, yes, but not a horse like that!"

Um faroeste de diligência com grandes personagens, uma fábula da época de boa moralidade, apesar da xenofobia com os índios. John Wayne arrebenta ainda moleque. Genial a cena das moças pedindo água e várias clássicas de faroeste mesmo.

Um bom grupo de personagens,nenhum desvalorizado,imponência geral,elenco sobre-humano.Grupo interessante e envolvente. Seu roteiro enxuto,de ritmo irretocável (habilidade máxima de Ford),poucas vezes teve similar. Absolutamente perfeito.

Ford redefine um dos gêneros mais interessantes do cinema o tornando mais interessante e complexo, sua direção por sinal, é exemplar.

Oferece uma galeria de personagens marcantes e um punhado de cenas que compõem o imaginário cinematográfico para além de seu gênero. Grande acerto de Ford.

Sem Rastros de Ódio no currículo, Ford teria encontrado aqui sua obra máxima. FILMAÇO.

Primeiro grande filme de Ford. Primeira grande aparição de Wayne. O grande percussor do gênero. Mas por trás de tudo isto, grandíssimo pelo fator técnico, e construção dos personagens. Um bom prelúdio do cinema de Ford, que ainda evoluiria muito.