Lupas (30)

A miséria do ser humano. O inferno na consciência do homem. Cobiça, avareza, violência; o sonho americano como um grande e amaldiçoado pesadelo. O destino é implacável com os tolos, tudo não passa de uma grande piada, melhor para aqueles que entendem a estupidez do grande jogo. É o melhor filme de John Huston, a grande atuação de Humphrey Bogart, a presença inesquecível de Walter Huston. Cresce a cada revisão. Obra-prima!

Um clássico marcante, seja pela sua história bem amarrada e bem conduzida por Huston, seja pelo roteiro envolvente e movimentado, ou pela atuação do elenco, a ganância e seus irônicos desdobramentos, a honestidade e amizade postas a prova sob o olhar de desconfiança e medo pela traição, até hoje o filme é relevante e fala sobre algo atual, o quanto o dinheiro pode mudar-nos? Ou somos oque somos e o dinheiro só revela nossa verdadeira essência?

Um filmaço, com exímia condução de Huston surpreendendo a cada nova tomada de decisão, sabendo explorar contexto, atmosfera e personagens. Uma agonizante jornada ao fundo do poço.

De ruim somente o retrato rebaixado dos mexicanos, são mostrados como todos burros, mas enfim, outros tempos. Tem uma direção muito virtuosa com fotografia muito realista para a época, que mantém a tensão o tempo todo, a dinâmica entre os três protagonistas é de uma crueza sensacional, presos num ambiente hostil e rodeados por uma fortuna, é palco para a ganancia e a loucura gerada por ela. Bogart, Bedoya, Walter Houston tem atuações incríveis

Melhor filme de John Huston e a melhor interpretação de Humphrey Bogart em um estudo como a cobiça destrói o homem.

A base do longa é muito bem fundamentada. Nós compramos a viagem de Dobbs(Bogart) e Bob(Holt) e a vontade de enriquecer mais e mais é muito compreensível. Com a chegada de Howard, brilhantemente interpretado por Huston, vemos uma aula de comportamento, tolerância e compaixão com o próximo na contramão da febre do ouro que transforma Dobbs em um perigo ambulante. Bonita moral da história pra concluir uma obra que nos mostra que as virtudes da experiência extrapolam as conquistam que vêm com ela.

O ato final é uma verdadeira caixinha de surpresas.

Ótima aventura durante os dois primeiros atos, sendo que no último a tensão reina, para uma ótima sequência final.

Mesmo sendo ambientado em locações ásperas, a fotografia é de uma beleza poética enorme. O roteiro caracteriza e desenvolve os quatro exploradores em um perfeito equilíbrio. E a progressiva degradação de Bogart (numa atuação demoníaca) é de um terror psicológico alarmante, ao passo que as virtudes dos demais personagens fazem do filme um conto moral inspirador.

Longe de ser um grande filme, longe mesmo de ser um clássico.

Um filme que, apesar de ter alguns diálogos expositivos e passagens desnecessárias, é um dos grandes tratados do cinema sobre a ambição humana. Filme influenciável, fantástico!

Daqueles filmes realmente eternos. O poder da ganância, cobiça e do dinheiro num ambiente árido e empoeirado que parece ter saído de um dos filmes de Sergio Leone. Muito Bom.

Filmaço!

Uma das melhores aventuras já produzidas, virou referência para o gênero e se imortalizou com uma verdadeira obra de arte.

Roteiro realista e empolgante. Ótima direção. Atuação excepcional do Huston pai.

Bogart personifica a ganância e paranoia em um filme recheado de ironia que representa cada estágio deste processo degradante comum aos homens diante do dinheiro. Aos que se interessaram, recomendo O Salário do Medo - outra grande obra sobre o tema.

O que a ganancia faz com uma pessoa...

Um exemplar correto e praticamente sem defeitos sobre o "deus do mundo". Um estudo competente sobre a ambição que a ideia da riqueza e poder pode trazer. Poder que revela caráter, destrói amizades e princípios.

O ouro trazendo à tona o pior do homem. Um notável estudo sobre o afrouxamento da moral em nome de uma riqueza maldita autenticado por grandes interpretações.

11/12/09