- Direção
- Joseph L. Mankiewicz
- Roteiro:
- Joseph L. Mankiewicz (roteiro), Mary Orr (argumento)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Estados Unidos
- Duração:
- 138 minutos
- Prêmios:
- 4° Festival de Cannes - 1951, 23° Oscar - 1951, 8° Globo de Ouro - 1951
Lupas (49)
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Uma das melhores psicopatas da história do cinema.
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Com grandes atuações e temas pertinentes: alpinismo social, egos inflados do show business, o peso sobre mulheres de sucesso e a sordidez da imprensa. O final sarcástico, com os espelhos, reflete sobre o ciclo infinito das Eves, da mentira e da busca incessante pela fama. Filmes como este, cada vez mais raros, nos lembram que o mundo do entretenimento e o cinema são, em grande parte, ilusão e até mesmo mentira, desmascarando os bastidores sujos do show business.
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O texto é vibrante, mordaz, delicioso. O elenco é um achado (nem preciso comentar o furacão Bette Davis em cena). A direção é meticulosa, consciente do material que tem em mãos (o subestimado Joseph L. Mankiewicz). Seus temas são pertinentes e contemporâneos. O alpinismo social, os egos e vaidades do show business, o peso extra sobre uma mulher de sucesso, a sordidez de certos membros da imprensa. Ainda é preciso falar da ironia do plano final. Uma tórrida piscadela de cinismo. Um clássico!
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Como consequência de sua idade, a estrela acaba relegada ao banco. O crescente incômodo de Margo consigo mostra o que a sociedade faz ao não permitir a naturalização do envelhecimento feminino. É difícil dissociar Channing de Davis, que passava, em sua carreira, por crise similar à retratada no filme. Por outro lado, Eve materializa o hábito de ver o que veio antes como ultrapassado e passível de substituição. O sarcástico final reflete, nos espelhos, sobre o infindável ciclo das Eves.
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Esta trama você pode pinçar daqui e colocar em todos os ambientes de trabalho mundo ocidental a fora. Atemporal.
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O cinema em seu auge e esplendor. Magnífico!!!
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Basicamente o que Wilder faz em "Sunset Boulevard" Mankiewicz faz aqui com o ROTEIRAÇO sobre a trajetória de Eve (que pena esse título em português), com o pano de fundo do teatro e não do cinema. Os primeiros 90 minutos são delirantes. Genial.
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Bette Davis está maravilhosa numa espécie de versão de si mesma para as telonas. Entretanto, é Anne Baxter que toma o show, em uma das composição mais fascinantes do cinema.
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Referencia no cinema, tem atuações iconoclásticas que sobrevivem ao tempo. Uma pena que a trama, extremamente utilizada no cinema, aparece um pouco gasta e previsível. Mantem-se pelo valor cultural.
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Os fatores e elementos que tornam "A Malvada" um grande filme (e um grande clássico) são muitos, e precisaria de várias linhas para falar sobre eles com o devido cuidado. Seguem, então, palavras-chave: roteiro, elenco, diálogos e Bette Davis.
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Margo até podia ser um piano na mão de seu autor, mas Bette Davis não era, e constrói aqui uma atuação inigualavelmente poderosa. O filme, porém, nem precisa se apoiar em sua performance: entrega com louvor um dos maiores roteiros e elencos da história.
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O título original apresenta "Tudo Sobre Eve". Sobre Margo, já sabemos de tudo, mas e Eve? Quem é essa moça inexperiente e habilidosa ao mesmo tempo? Modesta e ambiciosa, dócil e demoníaca? O roteiro vai desdobrando suas facetas aos poucos, construindo um embate de muitas camadas em que as posições das protagonistas se invertem em dois aspectos: profissional e moral. Os diálogos são fascinantes, pequenos estudos desses dois mesmos aspectos, e resultando em interpretações igualmente demoníacas.
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07/04/07 -Retrato perspicaz dos bastidores do teatro, mostra a falta de limites e pudor para se alcançar o estrelato. Com um roteiro inteligente cheio de diálogos refinados,e um elenco de primeira grandeza onde se destaca a soberba atuação de Bette Davis,
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Bette Davis num dos melhores desempenhos do cinema.
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Mankiewicz se assemelha ao Kazan no início de carreira. A Malvada é um drama tenso, vigoroso e cheio de atuações marcantes (superiores ao restante da obra), mas potencializado sem a mesma sutileza presente nos mestres da época. Quase no segundo time...
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Nada me faz rir mais do que a ignorância explícita daqueles que pensam saber tudo. Principalmente alguns poucos membros do Fóruns .A arrogância dos espertalhões é especialmente ridícula. Tanto que a página está extremamente solitária, com apenas meia dúzi
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Um duelo de divas e atuações, com a câmera tanto se devotando a essas performances quanto estabelecendo as tensões entre as estrelas e suas substitutas. Descreve os bastidores do star system como ninguém. E tem a Bette Davis.
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Antes de assistir eu achava que a Bette era a Malvada do título... E agora que assisti, tenho certeza (risos).
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uma ode ao teatro, um espetáculo de belas atuações, um filme maravilhoso sobre as peculiaridades femininas. Ah! são tantos os elogios que se pode fazer a este filme que me da preguiça só de pensar em lista-los.
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Clássicão da Era de Ouro.Tecnicamente perfeito e muito inteligente,ácidez contra si mesmo. A virada,vilania novelesca,não cai muto bem.Funciona mas preferia sem. Se o mundo artístico tiver sido tão feroz quanto dizem e floreiam,era difícil conviver ali!