Não é uma boa homenagem as comédias românticas da clássica Hollywood, pois para isso precisaria ter classe e também não é uma paródia, exatamente. É só um filme bem bobo.
Reverenciando as comédias de Hudson e Doris Day, Reed cria um delirante simulacro de fantasias, cores e paixões em um jogo de sugestões altamente prazeroso. Praticamente uma versão mais lasciva e caricaturizada dos filme de Frank Tashlin.
Remetendo a comédias de Billy Wilder e brincando com temas relevantes, temos uma simpática rom-com. O problema é que as risadas não surgem quase nunca, apenas um sorriso leve pode pintar.
O roteiro conjuga doçura e mordácia, captando a aura e a alma dos velhos tempos de comédias românticas. Impressiona a química entre McGregor e Zellweger, entre outras agradáveis surpresas.
Apesar de derrapar no roteiro, que segue a linha previsível de tantas outras comédias românticas, ganha pontos incontestáveis por servir como uma boa homenagem ao próprio gênero, além de encantar visualmente (figurinos e design de produção belíssimos).