Já tinha ouvido falar dos filmes de Quentin Tarantino, mas confesso, apesar de amar cinema, não tinha visto nenhum filme do aclamado diretor da nova geração. Acabo de ver Pulp Fiction, e realmente o filme é muito bom. A trama de Tarantino nos traz uma representação da entrada da violência no cotidiano das pessoas. Antes víamos os gangsteres, bandidos e assassinos com um forte perfil enviesado à loucura, a demência e a total falta de caráter. Os assassinos de Pulp Fiction são comuns, falam de coisas cotidianas antes de entrarem nas casas e assassinarem seus devedores.
A narrativa não linear, porém clara, nos mostra a naturalidade com que a morte e a violência são encaradas no muito moderno. Há muito humor negro no filme, críticas a todos os lados. Tarantino provavelmente construiu um dos melhores filmes da década de noventa, e só não levou o Oscar de Melhor Filme em 1994 porque concorria com o quase-perfeito Forrest Gump, mas Tarantino, com sua genialidade, levou o de melhor roteiro.
Quem for assistir ao filme não deve se deixar enganar pela aparentemente boba e frágil narrativa que pode nos levar a crer que é mais um filme de ação e violência gratuita. Mas vai além, só vendo o filme para ver. A trama é dividida em três partes: a primeira é quando Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) vão fazer um “servicinho” para recuperar uma mala para o patrão de seu clã, Marsellus Wallace (Ving Rhames) . A segunda é entre Mia Wallace (Uma Thurman) e Veja. Este último é encarregado pelo chefe de fazer companhia à sua esposa enquanto está ausente da cidade. A terceira trama é sobre Butch (Bruce Willis) que interpreta um boxeador em fim de carreira que aceita suborno de Marsellus para perder uma luta importante.
Três histórias que se entrelaçam facilmente dentro da trama não-linear, e que fez explodir um novo talento no já tão desgastado mercado hollywoodiano.
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