O que mais me impressiona aqui é como o talento do Matt Reeves é inversamente proporcional pra filmar closes e slow motion. Aquelas tomadas em câmera lenta de um César solitário correndo com as granadas ou da redenção do gorila antes de morrer são bem canalhas, podiam ter saído de uma das partes ruins dos filmes do Snyder, tranquilamente. Mas aí a gente lembra daqueles closes que puta que pariu e até esquece isso. Mérito também dos atores e da equipe de efeitos, porque uma cena (a melhor do filme) como aquele diálogo bem pessoal entre o César e o macaco que serve de alívio cômico, mas também carrega sua própria história bem trágica, não funciona só em função do olho do diretor, claro.
E essas interações entre os símios, aliás, são o que de melhor possui o filme, sendo um alívio que o subtítulo sugira um filme centrado na ação de batalhas, mas que elas ocupem pouco tempo de tela já que são decepcionantes, culminando num Deus Ex Machina que não só não é mais anticlimático porque o filme acaba uma cena depois disso.
Uma cena que, aliás, coloca um bonito ponto final na trajetória de um César que ao longo de três filmes se mostrou o personagem mais "humano" de uma franquia que se tornou uma grata surpresa.
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