Uma espécie de Juno da terra da rainha, igualmente moralista e pseudo-intelectual; mas um indie de butique a conquistar admiração em Hollywood.
É uma máxima: eles estão ganhando força. Jason Reitman é o guro. Jovens atrizes bravejadas como talentos em ascenssão. Musiquinhas e referências pop. E a mesma idéia de confrontamento cliclíco com a vida que faz com que ao final de cada filme desses, haja uma lição de moral, em protagonista, e claro, em espectador.
A história, que se passa em 1961, é de uma jovem inglesa de 16, quase 17 anos, chamada Jenny (Carrey Mulligan insuportavelmente patética e insosa). Demontra apresso pela cultura jovem francesa, e que é cobrada duramente pelos pais para que estude bastante com o objetivo de entrar em Oxford. Certo dia – a cena em questão é ridícula e falsa – a danada recebe carona de um homen mais velho. Rico e misterioso, o sujeito ganha a confiança dos pais da garota e passa a se relacionar com a mesma. Ela encontra a vida que queria, os programas e diversões que queria. Mas o estranho, o estranho não pode ser confiável a uma garota de familia que se preze, que almeja entrar em Oxford. De maneira que, o destino pode ser cruel a jovem menina, embora, tal como em Juno, a redenção seja sempre possível, através do amor casto e socialmente aceito.
São situações tão medíocres e inverossímeis, que o filme descamba para algo sem empatia. Embora Jenny demonstre, no começo, ser uma personagem interessante e complexa, parece que o destino só tende a mostrá-la como mais uma jovem boba e complexada, tal como era Juno. Indecisa. Perdida em seu mundo. A descoberta da sexualidade/maturidade é, de fato, algo conflitante para uma jovem. Nem sempre a segurança demostrada é sincera. Diante disso, a insegura direção de Scherfig parece apontar não necessariamente para os pais, mas para um moralismo, digamos, mais liberal. Não obstante a péssima idéia que o filme tenta trasmitir, o que se percebe é que faltou, e muito, competência persuassiva.
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