... O Condado...
... A Terra-Média.
A Terceira Era deste mundo.
Esta última década para o cinema foi presenteada com algumas obras que construíram seu pilar de importância na história do cinema geral. Um dos maiores exemplares de qualidade desta década que se passou foi construído em três capítulos, contando com o trabalho irreprochável de seu diretor e o reconhecimento mundial que rapidamente adquiriu, uma das melhores sagas fílmicas do cinema é um deleite para os olhos do público e uma peça de entretenimento de altíssimo nível a qualquer espectador, desde que este esteja disposto a adentrar no universo épico moldado pela junção das páginas da obra literária de J.R.R. Tolkien e das imagens capturadas pela câmera de Peter Jackson.
Para um cineasta que até então havia inserido a sua filmografia apenas filmes trash, ou outros de baixa escala, Jackson surpreendeu a todos (em todos os sentidos) e alçou seu nome ao estrelato, quando em 2001 apresentou ao mundo o que seria o prelúdio de uma das sagas de fantasia mais bem feitas e realizadas perante a sétima arte. Para qualquer espectador, aventurar-se pela franquia em questão é no mínimo algo ímpar, pois são poucos os filmes com mais de 3 horas de duração que fisga seu público de maneira arrebatadora, e o torna cúmplice da belíssima jornada por um universo monumental e visualmente riquíssimo.
A Sociedade do Anel é a margem para o espectador conhecer, se fascinar e interagir com a Terra Média criada por Tolkien e adaptada com brilhantismo por Jackson. Aqui a guinada de sua trama, respectivamente a missão para destruir o anel, culminará em cenas de ação incríveis e efeitos especiais lindíssimos. Para o alento do público, Jackson não se preocupou apenas em moldar a imagem externa do filme, mas sim constituir uma digníssima adaptação ao livro de Tolkien, para que assim como uma estética primorosa, o filme também prezasse seu conteúdo e mira-se em sua trama central.
Logo de início, o espectador torna-se ouvinte de um conto sobre mitológica história que dará impulso aos acontecimentos seguintes, através de uma narrativa consistente, sem em momento algum deslocar-se de seu ângulo central, ou torna-se irritante ou piegas (levando em consideração que se trata de desafiadores 178 minutos de projeção). A história que a trama traça em seu percurso é simples, porém os inúmeros detalhes a ela empregados tornam-na um estimulante mental para cada espectador, fazendo-o manter a mente atenta se seu intuito for absorver toda a magia repassada pelo filme. A partir do momento que Frodo e seus companheiros saem de seu Condado para percorrer as ainda misteriosas terras, vemos que aquilo é apenas uma margem de toda a explosão de acontecimentos e reviravoltas que preencheram este, e os dois capítulos posteriores, torando a saga de Jackson ainda mais instigante de ser acompanhada.
Se toda a construção e adaptação a obra de Tolkien é vista com esmero por todo o público, outro quesito importantíssimo para descrever a experiência cinematográfica da franquia, é seu aspecto visual, que deslumbra e agrada a qualquer amante de um espetáculo ótico, preenchido com efeitos especiais sublimes e uma área técnica não menos que excepcional. Jackson completa sua obra nos dois pólos que um projeto como este deve prezar, seu conteúdo e sua estética, ambos carregando estruturas monumentais, tanto em seus elementos quanto em seu aspecto gráfico.
O primeiro capítulo da fantástica saga do Senhor dos Anéis, abre com chave de ouro as portas de um dos maiores espetáculos apresentados na década passada. Jackson realiza uma franquia primorosa, que se tem início em um filme belíssimo, em qualidades internas e externas. Além das virtudes aqui apresentadas, a saga consegue sobressair-se a um patamar comum, pois esta tornou-se um dos maiores – senão o maior – ícones no que diz respeito ao cinema fantasia. Este foi O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, e por fim termino esta análise ao afirmar convictamente o que muitos já sabem: Que este foi um dos maiores espetáculos apresentados ao público no início deste segundo milênio.
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