Ridiculamente superestimado, este cultuado retrato demente do homem moderno ao menos é divertido e esteticamente ousado. Fincher tem filmes melhores menos lembrados...
Sempre tive uma relação de amor e ódio com esse filme. Às vezes eu assisto e acho o melhor filme já feito, outras acho uma completa bosta. Veja bem, David Fincher já é um diretor cerebral, seus filmes são frios e seus personagens não soam humanos. Aí ele vai e adapta uma história fria, sombria que em última análise fala sobre vários aspectos podres da humanidade...Todavia, o filme é uma crítica contundente às formas de viver que mantém os homens atados à insatisfação. É um filme intencionalmente brutal e demente, uma crítica ácida ao homem moderno, uma análise fatalista da masculinidade em suma(apesar de em última análise todas essas mensagens que o filme se propõe a passar sejam tolas e hipócritas, mascarando anarquia selvagem com um discurso burguês de libertação das amarras opressoras da vida segura de classe média alta, as atitudes e discurso do personagem Tayler Durden ilustram bem isso). Enfim boa parte das críticas que se pode fazer e do porque muita gente não curti muito é que ele foi elevado para um patamar do qual nem pretendia pertencer, várias teorias mirabolantes e elogios desproporcionais. O filme pode ter tido um impacto na época mas hoje em dia todos os temas que aborda já estão datados e não fazem mais sentido. Ótimas atuações do elenco principal e técnica apurada fazem valer apena. Recomendo, mas foi bem superestimado. Junto com O Iluminado, o filme mais ridiculamente superestimado das últimas décadas. Está longe de ser ruim, mas a exaltação quase religiosa à esta bobajada é foda. E estou falando isso como quem gosta do filme e já o assistiu várias vezes. Gosto muito do humor e da atuação de Norton, além da direção sempre tecnicamente competente de Fincher. Um filme divertido, mas chamar isso aqui de maravilha do cinema é forçar demais. Brad Pitt está constrangedor, aliás...Seu personagem já é uma piada mesmo, então encaixa bem.
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