Na sua estreia como diretores, a dupla Jim Rash e Nat Faxon pontua acima da média com uma comédia dramática cheio de diálogos inteligentes e ainda guardando uma mensagem bela que não soa melosa nem forçada.
Duncan (Liam James) é um adolescente de 14 anos que viaja com sua mãe, meia-irmã e padrasto para a casa de verão deste. Duncan é tímido, retraído e gostaria de ter passado seu verão com seu pai. Porém, ele descobrirá muito de si mesmo e de sua família nessa viagem.
O filme acerta em querer trazer conflitos familiares que são muito mais sérios e profundos que um típico filme de "autodescoberta" traria. O problema recai que, mesmo trazendo esse potencial dramático, não houve uma exploração satisfatória do material. Algumas situações foram colocadas sem muita explicação e compunham fatores muito importantes para o desenvolvimento do filme. O roteiro é falho exatamente aí.
Ao mesmo tempo que o roteiro comete erros na trama, ele também acerta em trazer diálogos espertos e bem formulados. O que faltou realmente foram diálogos que pudessem ser mais expositivos e profundos. Por exemplo, os diálogos de Duncan e Susanna (AnnaSophia Robb) são até espontâneos, mas não nos deixaram empolgadas com a relação dos dois. Claro que isso não obrigatoriamente impede de haver bons momentos como o diálogo paterno entre Owen (Sam Rockwell) e Duncan.
Mas se há algum grande mérito no filme inteiro é o elenco. Mesmo que alguns atores fiquem mais defasados, eles conseguem cumprir muito bem o papel, mesmo em momentos que o roteiro escorrega. A melhor atuação é de Sam Rockwell, interpretando o maluco, mas simpático Owen. E, é claro, Liam James que mostra-se uma revelação que merece nossos olhos.
Cheio de altos e baixos, o longa teve saldo positivo por conseguir entregar uma bela mensagem sem recair ao melodrama. Uma pena que o desenvolvimento na trama tenha deixado uma série de pontas mal costuradas que prejudicaram muito o resultado final.
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