True Romance: o primeiro passo de Tarantino no cinema!
O roteiro que, juntamente com o clássico de Oliver Stone, Assassinos por Natureza (1994), arrecadou fundos para que Tarantino viesse um dia a nos presentear com Cães de Aluguel (1992).
O primeiro roteiro de Tarantino, até então balconista de uma locadora no Tennessee, já mostra toda sua genialidade, que mais tarde viria a impressionar o cinema independente e contemporâneo de maneira inesquecível.
Embora seja um roteiro brilhante, com direito a todas as tramóias, violência e reviravoltas Tarantinescas, Tony Scott não deu qualidade nenhuma ao filme, considerado pelo próprio Tarantino como sendo uma espécie de vídeo clipe sem qualidade alguma. Muitos o consideram um cult, mas eu não aprecio o resultado final por diversos fatores.
A direção é alienada do roteiro, não captando o conteúdo de uma história simples mas com mensagens subliminares. A trilha sonora escolhida por não sei quem é simplesmente péssima. O elenco, repleto de estrelas, é absolutamente derrubado pelas atuações bizarras dos protagonistas Christian Slater e Patricia Arquette. A produção é lado B, sem grandes qualidades técnicas.
Contudo, apresenta, dentro do roteiro intrigante, diálogos e cenas memoráveis, tais como a conversa entre Christopher Walken e Dennis Hopper, dois ícones do cinema, em que discutem sobre a descendência negra dos Sicilianos; dentre outras.
Destarte, ainda que o filme não imprima a mesma qualidade que Tarantino possua como diretor, ele foi determinante para o surgimento de um dos maiores gênios do cinema de todos os tempos e, atualmente, a mente brilhante de Hollywood.
Um material de qualidade desperdiçado pela falta de talento da produção no geral!
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário