Uma narrativa crítica sobre o modo de vida californiana da década de 30.
Arthur Bandini é um escritor que sai do Colorado para Los Angeles para escrever seu novo livro e ter alguma inspiração, já que a estória abordaria temas conjuntos á cidade. Lá ele conhece Camila, uma mexicana que sofre discriminação por sua nacionalidade. Os dois viveram juntos um romance com um pano de fundo histórico.
Foram mais de 30 anos até o diretor Robert Towne conseguir levar às telonas a adptação do best-seller "Ask the dust" (ou "Pergunte ao pó"), escrito por John Fante. Bem esse tempo todo deu resultado a um trabalho enxuto e direto, que entre vários temas, aborda a vida dos californianos e seus costumes ridiculos, na década de 30 (para quem não se lembra foi a época da grande depressão ou a famosa queda "das bolsas"), conjunto a isso costura uma estória romântica ambientada na própria cidade.
Além de expor os problemas da cidade, o filme toca na questão xenofóbica, já que a maioria dos californianos tinham grande discrimicação com todos os povos, incluindo italianos e mexicanos, nacionalidades de Arthur e Camila respectivamente. Camila tenta esconder de todos seu sobrenome Lopez, que a identifica como estrangeira, já que esse poderia ser um ponto a menos para ela dentro da sociedade de Los Angeles, talvez esse preconceito, principalmente contra mexicanos, de deva ao fato da emamcipação da cidade de L.A. O filme inspirado pelo livro obviamente ainda traz uma metalinguagem do próprio John Fante ao descrever a dificuldade de um escritor não só na profissão mais na vida real em si. Disserta sobre questões como inspirações, pouco reconhecimento e também a questão do fato de um escritor viver num mundo criado por ele próprio e quando tem de enfrentar a realidade - principalmente do amor - não sabe resolver-se adequadamente. Além disso nas entrelinhas observamos uma dura crítica a toda sociedade americana, que propaga a todos a busca do sonho americano e por muitas vezes impede os outros de alcança-lo.
Com respeto as questões técnicas do filme, são respeitáveis e boas. A direção é maestra, comovida pela vontade clara de Towne de adptar o livro ao cinema. O roteiro do próprio Towne também revela essa vontade ao construir uma estoria tão complexa em uma hora e ciquenta de filme, costurando todos esses temas de forma incrivel e sem que um se sobressaia ao outro. Outro ponto a favor é a direção de fotografia que nos proporciona closers e takes maravilhosos com a luz certa para cada ocasião.
As atuações talvez sejam o ponto forte do filme. Conduzido principalmente por Colin Farrel e Salma Hayek, o filme ainda tem uma estrela a parte, Idina Menzel. Colin se entrega ao persongem e parece viver o próprio Arthur, já Salma também entrega uma boa personagem mais com pouca profundidade. Porém com uma participação menor o que me chamou a atenção foi o personagem Vera, interpretado por Idina, uma mulher problemática que mesmo sem nenhuma importancia aparente, com certeza ela foi a responsavel por mudar aluguns pensamentos do proprio Artur.
No mais é um filme que dificilmente irá atrair a muitos por ter uma estória bastante densa e fugir ao modo tradicional americano de longas, mais com certeza irá atrair os bons apreciadores.
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