Um filme brilhante que abusa de certos cliches, mas nem por isso cai nos erros comumentes do genero.
Benjamim Button viveria sua vida normal se nao fosse por um unico problema: ele nasce com todos os problemas de um idoso de 80 anos e com o passar do tempo ele rejuvenesce ate se torna uma pequena criança.
Bem, quem lê uma sinopse como essa apesar de achar interessante pode ficar confuso, ate porque se trata de um assunto ja bastante usado pelo cinema americano: O tempo. Ainda mais quando se tem que contar uma estoria de um homem que "envelhece" ao contrario, talvez por isso alguns diretores (Spielberg, Spike Jonzie, Gounldry...) resolveram não assumir a responsabilidade de levar uma estoria tão complicada aos cinemas. Porem uma dupla resolveu dar vida ao projeto, foram eles: o roteirista Eric Roth e o diretor David Fincher.
Quem esta acostumado ao estilo Fincher de dirigir seus filmes, talvez irá se decepcionar com esse longa, ja que aqui nao ha presença de sangues e nem conflitos psicologicos.
David Fincher opta por dar asas a um projeto que de inicio parecia ser simples, mas que se for bem analisado nas entrelinhas na verdade é bem grandioso. Nesse longa ele tem todo um cuidado ao contar a estoria, alem tambem de conseguir nos transportar (claro, com a ajuda tecnica do filme) ao tempo em que o longe se passa.
Já Eric Roth assume uma responsabilidade e tanto ao escrever o roteiro. Na verdade ele erra bastante em alguns pontos, como os cliches mostrados de forma exacerbada, ou ate mesmo não esclarencendo pontos pequenos, mas que nos fazem falta. Com respeito ao tempo de duração do filme (2h30), alguns podem se assustar, mas não se enganem nada aqui é desperdiçado ou apenas escrito para ganhar tempo, tudo tem uma ligação, ou lição que nos faz entender o real sentido de algumas coisas na vida. É o exemplo da personagem de Tilda Swinton, que de começo me pareceu desnecessario, mas que perto do final, nos faz aprender uma regra de ouro.
Na verdade a grande atração tambem fica por conta da parte tecnica. A direção de fotografia é maravilhosa. A trilha sonora caminha lado-a-lado com a perspectiva do filme. Mas a grande atração é a maquiagem que é estupenda, fato explicado devido a grande importancia dado ao tempo no longa.
Com respeito as atuações, são boas. Brad Pitt, bem nunca fui muito fã dele, mas aqui ele se entrega ao personagem, pena que ele continua fazendo caras e bocas para manter a fama de galã, atitude totalmente desnecessaria aqui. Já Cate Blanchett, o que falar, sou fã declarado dessa maravilhosa atriz, nesse filme ela se entrega mais uma vez ao personagem que é uma dançarina, engana-se quem pensa que ela é apenas o par romantico de Pitt, sua personagem nos passa um valor moral mais do que digno. Sem falar que em algumas cenas de dança ela se supera fazendo passos que so quem faz dança a certo tempo consegue realizar (eu que ja fiz dança, assino embaixo). Destaques tambem para Tilda Swinton e tambem para Taraji P. Henson, que faz a mae do Button. Alem do que todos os personagens nesse longa nos dão a liçao de algo ou nos passa algum aprendizado. Nada aqui é por acaso.
Um grande concorrente ao Oscar, mas creio que os cliches o impessam de levar muitas estatuetas, talvez limitando-se apenas as categorias tecnicas. O que é uma pena!
Um filme que nos ensina lições valiosas. Lições que nós como humanos deveriamos levar para sempre conosco.
"Alguns nascem para nadar"
"Alguns nascem para ser artistas"
"Alguns nascem para ser mãe"
"Alguns nascem para a musica"
"Alguns nascem para a dança"
"Nunca desista do seu sonho, por mais impossivel que ele pareça de se realizar!"
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