Logo nas primeiras cenas, a genialidade européia entra em cena com um toque absolutamente francês. Os filmes daquele país tem em comum uma estética bem definida que convive harmonicamente com a temática do roteiro. A Fraternidade é vermelha usa a última parte do lema da revolução Francesa (Liberdade, Igualdade, Fraternidade) em sincronia com a terceira cor da bandeira da França (Azul, Branco e Vermelho). Dos três filmes da trilogia este é que explora da melhor forma a dualidade do tema com a inspiração genuinamente francesa. O roteiro, indicado ao Oscar de melhor roteiro original, transparece categoricamente as relações inter-pessoais logradas ao acaso, em que sempre estamos interligados. As ações resultam em reações que seguem uma corrente até voltar em seu pioneiro. As atuações, juntamente com o roteiro, são o ponto alto. A estética, que é o que há de mais harmônico no filme, nos leva dentro da estória com uma tonalidade justificada pelo título. O filme parece ser todo filmado com um filtro da cor, mas o que vemos é uma preocupação de deixar a estética natural, sem forçar a barra. Nas primeiras cenas, em que a personagem principal chega a um bar, o toldo de uma loja do outro lado da rua é vermelho, os umbrais da porta são vermelhos, bem como outros detalhes, que podem passar despercebidos. Os móveis que aparecem durante a produção são de uma madeira avermelhada. Quando a personagem joga em uma máquina caça-níquel, os três símbolos que aparecem são cerejas, reforçando o vermelho preterido. Este é o melhor filme da trilogia, é um filme curto (menos de uma hora e meia), e expressa bem o cinema Francês.
Críticas
9,5
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário