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Críticas

Cineplayers

Nada de novo, mas não consegue ser tão engraçado quanto seu clichê planejava.

1,0

Às vezes me pergunto do porquê realmente existir um filme como esse Super-Herói: O Filme. Tudo bem que representantes da comédia pastelão absurda e inesperada já fazem sucesso há quase trinta anos, mas existe um abismo enorme entre títulos realmente bem feitos, como Monty Python em Busca do Cálice Sagrado e Corra que a Polícia Vem Aí, para outros de menor expressão, que é exatamente onde se encaixa essa aniquilação ao bom gosto da qual estamos falando.

Talvez pelo fato de se insinuar como o tipo de Todo Mundo em Pânico, seguindo o mesmo estilo de cartaz e fazendo analogia entre os dois trabalhos, mas se até mesmo a série que satirizava os filmes de terror recente vinha em declínio, essa tentativa de renovação saiu como um tiro pela culatra pela sua abordagem rasa e piadas limitadas que já vimos um milhão de vezes em outros filmes – e nem sempre se comparando aos melhores exemplares lançados no mercado.

E se o filme se compara a Todo Mundo em Pânico, não pode-se dizer o mesmo em sua estrutura. Se os trabalhos da série abordam um grande número de produções, este Super-Herói é patético a ponto de não saber dosar e nem criar piadas baseadas no seu material de origem, parodiando, quase que em sua totalidade, apenas Homem-Aranha, com algumas passagens perdidas entre X-Men, O Quarteto Fantástico e Batman Begins da vida, desperdiçando um vasto material a ser explorado e usando muito superficialmente as demais séries citadas.

Um resumo da ópera, direto da ficha do filme, apenas para você entender do que se trata: "Após ser picado por uma libélula geneticamente alterada, Rick Riker ganha habilidades sobre-humanas e decide então usar seus superpoderes para o bem e transforma-se na Libélula. Seu caminho cruza com o supervilão Ampulheta que usa seu poder para roubar a fonte de vida das pessoas na sua busca incansável pela imortalidade."

Não espere por piadas inteligentes. Algumas poucas conseguem até fazer rir, mas no geral aquelas pancadas com a cabeça, insinuações sexuais e nojeiras vão causar mais paralisia cerebral do que risos na platéia. Nem a participação de Leslie Nielsen, ícone do gênero, consegue salvar o longa, apesar dele ter algumas passagens mais divertidas do que os demais personagens. Pamela Anderson simplesmente patética, sendo usada como um símbolo sexual que ela não é mais, quase como a referência para este mesmo longa: seu tempo já passou.

Sinceramente, poderia perder um tempão aqui dizendo o quão o filme é clichê e limitado. Mas se já fiquei relativamente nervoso por ter perdido o meu tempo com tanta besteira burra (gosto de besteira inteligente), não vou fazer você, leitor, fazer o mesmo repetindo tantos argumentos para esse tipo de filme já batido.

Não sei nem porque esperava algo diferente de Super-Herói: O Filme. O cartaz me enganou direitinho, mas vou ficar de olho mais atento aos trabalhos de Craig Mazin: não pelos aspectos positivos, mas por ele ser tão limitado como esse e os últimos filmes da franquia Todo Mundo em Pânico (que contavam com seu roteiro) foram.

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