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Críticas

Cineplayers

Não é um desastre, apenas medíocre na maioria dos seus aspectos.

4,0

Não é tão ruim como se poderia esperar. Mas tampouco faz dar sonoras gargalhadas durante a projeção. É apenas um filme simpático, obviamente com várias falhas, com um casal de protagonistas tão carismáticos quanto ordinários e algumas boas situações, a partir de uma idéia inicial interessante.

Matthew Kidman (Emile Hirsch, de O Clube do Imperador) é um rapaz estudioso, comportado, daqueles que se preocupam com causas nobres, que está prestes a se formar no high school (o segundo grau aqui no Brasil). Mas ele e seus melhores amigos nerds (por que será que em todo filme do gênero sempre tem uma estereotipação?) são virgens e não fazem muito sucesso com as garotas. A vida de Matthew muda quando ele conhece Danielle (Elisha Cuthbert, da série 24 Horas), uma linda garota que se muda para a casa ao lado da sua (como o título original sugere, 'a garota da porta ao lado') e que acaba por despertar em Matthew um lado que até então ele desconhecia. Só que Matthew descobre que a bela Danielle é, na verdade, uma atriz pornô.

Claro que o roteiro não vai deixar escapar nenhum dos clássicos clichês do gênero, como mostrar Matthew em encrencas provocadas pela sedutora garota - ele inclusive se envolve com um ex-namorado e produtor da garota, Kelly (Timothy Olyphant, de Vamos Nessa!, se divertindo horrores no papel). O roteiro também se presta a todas aquelas piadas escatológicas tão comuns hoje em dia, mas seu problema mais grave é desfocar o rumo da história do relacionamento entre Matthew e Danielle para outras situações paralelas que eram infinitamente menos interessantes. Inclusive Danielle perde espaço na meia hora final de filme, virando quase figurante de luxo.

Quanto ao elenco, Emile Hirsch se mostra totalmente adequado ao papel e consegue até fugir um pouco de uma caracterização exagerada do personagem, tornando-o equilibrado e simpático. Ele consegue arrancar a simpatia do espectador e não se envergonha de mostrar o traseiro algumas vezes. Elisha Cuthbert (cujos créditos no cinema incluem uma pequena participação ao final de Simplesmente Amor) tem um sorriso encantador e é simplesmente linda, mas não consegue despertar grandes paixões, principalmente por causa do seu papel pouco verossímil. Já o diretor Greenfield, cujo maior crédito foi ter dirigido Animal, aquela comédia com Rob Schneider, se não faz nenhum grande trabalho por trás das câmeras, pelo menos não compromete. Ele acaba sendo prejudicado por não poder se tornar mais ousado em determinadas cenas, por causa da censura. Por isso mesmo, é passatempo bobinho e esquecível.

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