Alguns remakes conseguem ser tão bons ou melhores que a versão original. Este decerto não é o caso da versão mais recente do clássico "Rebecca - A mulher inesquecível", que na verdade é esquecível.
O romance de 1938 foi um grande sucesso, logo Alfred Hitchcock logo fez uma versão para cinema da história, muito fiel ao livro.
O filme de 1940 é um suspense psicológico muito bem feito, com belas atuações, ótima fotografia, linda trilha sonoro e muita tensão.
Mas a versão actual não possui nem a metade da beleza que a versão original possui nestes quesitos acima; mesmo tendo uma tensão, ela é mal construída e logo cansa. Mas mesmo assim a versão é ainda um bom passa-tempo, apreciável e belo, mas enquanto bastava uma fala para sentirmos uma imensa pressão na versão original; aqui o filme se esforça em minutos para causar um momento tenso. A trilha sonora é imprecisa e não ajuda em nada, o jogo de luz-e-sombra não é bem utilizado.
Mas mesmo assim o filme constrói-se bem, bem desenvolvido e consegue seguir muito bem; porém a tensão que sempre racai sobre nossa protagonista não parece abatê-la de forma natural e isso prejudica muito.
Não demora nem uma hora para esquecermos esse filme e por mais que seja um filme bom, há a impressão de que eles só queriam fazer um simples remake, sem nenhum compromisso de que é uma releitura de um clássico imortal. Porém ambas versões trazem com maestria a mensagem (que é bem construída nas duas): não existem pessoas perfeitas.
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