Sinceramente, acho esse filme apenas bom, e nada além disso. OK, direção segura do indiano Shyamalan, ótima atuação do garoto prodígio Osment, Bruce Willys convencendo como psicólogo preocupado em resolver os problemas de seus pacientes mirins.
O roteiro engenhoso sem dúvida nos dá ao término do filme aquela sensação de "nossa, mas que final fantástico, esse Shyamalan é um gênio !", porém me desculpem os fãs do indiano, mas o roteiro tem furos graves e que sinceramente não me convencem de sua integridade.
O erro mais crasso que o roteiro comete é fazer com que o personagem de Willys demore dias e mais dias até "descobrir" que está morto... mas peralá, ele não dizia Bom Dia prá mulher dele, ou boa noite, ou coisas corriqueiras como "estou saindo agora" ou "volto prá casa mais tarde" ?? Ele estava tão brigado com a mulher dele que não trocava uma palavra sequer com ela ??
E outra, vc consegue imaginar qualquer pessoa hoje em dia passando dias e dias sem falar com absolutamente ninguém nos dias de hoje, mesmo que seja uma trivialidade qualquer ??
Ou seja, o roteiro até pode funcionar sim, se for para nos dar aquela sensação ao final do filme que fomos feitos de trouxas. Os "sinais" que o filme vai revelando, como o fato dele nunca mudar de roupa, o lance da cor vermelha, os calafrios das pessoas próximas a ele quando ele está em cena etc., na minha opinião são insuficientes para elevar a nota do filme, que só não é mais baixa porque quando se assiste da primeira vez há um certo clima de suspense que vai se formando ao longo do tempo e pela atuação convincente de seus protagonistas.
Agora, sentir calafrios na espinha, medo, essas coisas... nem cheguei perto disso. Dar sustos na gente não significa provocar medo. Assistam "Vestida para Matar", do DePalma, um filmaço de suspense do começo dos anos 80, especialmente o final, e aí vocês verão o que é filme de suspense que provoca frio na espinha de verdade.
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