Mitchell (Colin Farrell) era um gângster. Não do tipo que mandava, mas do que fazia o serviço sujo. Depois de uma temporada na cadeia, decide mudar de vida e consegue por acaso um emprego de guarda-costas de Charlotte (keira Knightley), uma atriz aposentada mas que devido a certos escândalos ainda é perseguida por paparazzis. Mas seu primo, Billy Norton (Ben Chaplin), termina por apresentá-lo ao chefe mafioso Gant (Ray Winstone), que tentará forçá-lo a voltar aos velhos hábitos, queira ou não. Para piorar (ou melhorar), Mitchel se envolve sentimentalmente com sua protegida.
Em resumo, o filme é regular. A história não é nova, mas O Último Guarda-Costas possui uma série de elementos que o tornam atraente. Inicia, continua e termina com um dos maiores clássicos do rock n’ roll: Heart Full of Soul do The Yardbirds. É o tipo de música que você coloca como som de despertador e faz até a manhã da segunda-feira parecer agradável. O restante da trilha sonora também contribui para o carisma do filme, servindo inclusive para disfarçar a monotonia de boa parte dele e até aliviar a violência. Mitchel é o clássico anti-heroi. Marrento, independente e mortal. Mas mais humano que a maioria, a ponto de ter desenvolvido compaixão até por quem não merecia. O que começa com um ar até meio cômico e lento, leva a uma história pesada, voltada para uma guerra pessoal entre Mitchel e o violento gângster Gant, no estilo “trabalhe para mim ou morra”. Mas qual foi o problema, então? Provavelmente o pouco desenvolvimento dos personagens secundários, como a própria Charlotte, vivida por Keira Knightley. A maior participação de sua personagem foi a beleza. Talvez também o fato de que, como drama, não convence, e como ação, se mantém abaixo da expectativa.
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