Não tenho nada contra os fãs de Harry Potter. Tanto os literários quanto os cinematográficos. Mas achei que ao menos o astro principal da série poderia se tornar um bom ator sem a varinha mágica e os óculos. Só vim conhecer Daniel Radcliffe em A Mulher de Preto, visto que não vi nenhum de seus filmes anteriores. A primeira impressão que tive foi que ele poderia facilmente entrar na tribo dos Hobbits dada a incrível semelhança de expressões com o Elijah Wood. Os mesmos olhos assustados de quem vai chorar a qualquer momento. Para piorar, acho que puseram uma criança para fazer a versão dublada no dvd nacional.
O advogado Arthur Kipps (Daniel Radcliffe)recebe de sua firma a incumbência de ir a uma pequena cidade para organizar os bens da recém falecida Alice Drablow, proprietária de uma enorme casa próxima a um Pântano e com fama entre os moradores de ser assombrada pelo fantasma de uma mulher de vestido preto. Os seus próprios problemas pessoais, aliados a terríveis visões que passa a ter desde que chegou à vila o levam a considerar verdadeiras as lendas populares dos moradores e suas histórias sobre mortes de crianças em circunstâncias misteriosas.
Em resumo, o filme é regular. Inicialmente nos deparamos com uma construção perfeita para uma obra de horror. Cores escuras,clima nublado, ambiente tenebroso, enfim, algo semelhante a uma obra de Tim Burton. Mas à medida que a história se desenvolve, descobrimos que se trata de um horror morno, permeado por barulhos estranhos, cadeiras que se balançam sozinhas, fantasmas que aparecem em um momento e somem no outro, mas deixando uma sensação pequena de perigo. Mais perigosos parecem ser os habitantes da região que maltratam Arthur desde sua chegada à cidade. Resta então o mistério acerca da mulher de preto, que é resolvida em uma investigação pouco interessante levando a uma solução ao estilo da série Sobrenatural, onde o personagem principal é motivado para salvar seu próprio filho E quando um filme não acaba no momento em que deveria acabar, significa que algo está errado, especialmente se for um filme de horror. E é então que algo surpreende o espectador.
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