O diretor David Cronenberg ganhou notoriedade por trabalhar com roteiros no mínimo esquisitos. Perto de Cronenberg, Tim Burton é um Emo. Não sou grande fã de seus trabalhos, mas devo admitir que possuem um magnetismo que fascina o espectador. Em geral, são obras bizarras, exploram o lado negro do ser humano e chegam no limite da loucura ou do impossível. Ou talvez até do ridículo.
James Ballard (James Spader) escolheu aproveitar o melhor da vida sem limitações. Catherine (Deborah Kara Unger) compartilha o estilo de vida de seu marido. Não há ciúmes ou sentimentos de posse entre o casal. Ambos estão livres para satisfazerem seus desejos sexuais como e com quem quiserem. Quando James sofre um acidente de carro no qual o marido de Helen Remington (Holly Hunter) morre, uma estranha atração surge entre os dois. Ambos conhecem Vaughan (Elias Koteas), um homem obcecado por acidentes de carro e que os leva a se envolverem com um grupo de pessoas que sentem tesão em transarem em carros e em acidentes.
Em resumo, o filme é ruim. Tecnicamente, Cronenberg criou um filme impecável. Desde as cenas de acidentes às de sexo. Crash na verdade é um soft-porn ao estilo Emanuelle, talvez até mais forte, onde o erotismo comanda do começo ao fim. Perto de Crash, Instinto Selvagem é censura livre! O roteiro também não é mau. Entre uma cena de sexo e outra, mantemos a curiosidade de saber o que vem em seguida. Na verdade o que queremos saber é até onde toda a loucura vai chegar. Mas, após cerca de uma hora de filme, em uma das cenas mais quentes protagonizadas pelo casal Ballard, as perguntas de Catherine em pleno ato sexual prenunciaram o que poderia acontecer. Tentei ignorar, mas aconteceu mesmo. Uma relação entre James e Vaughan, que a essa altura já havia frequentado a Sra. Ballard também! Pressionei o stop.
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