O elenco populoso e heterogêneo encabeçado pelo carismático Denzel Washingnton que transita na via de mão dupla entre Estados Unidos e México não é o bastante para o ambicioso e finado Tony Scott. Tradicionalmente mais voltado para a imagem, aqui o diretor assume sem culpa a roupagem de videoclipe, esbanjando nos cortes e planos de uma mesma cena, rearranjando-os numa montagem convulsiva realçada pela fotografia colorida e contrastada. O saldo não banca a pretensão de segurar o espectador por árduos 146 minutos somente com malabarismos, pirotecnia e prestidigitação audiovisuais. Para tentar garantir alguma empatia do público, a carta na manga foi explorar a relação estilo A Bela e a Fera entre o segurança e a menina. Porém, a condução estereotipada e fatídica, e as soluções previsíveis apenas contribuíram para a percepção de uma metragem enfadonha.