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Os piores filmes de 2008

Foram cerca de 330 estréias no circuito comercial brasileiro em 2008. Dentre estas, muita, muita coisa de baixa qualidade. Tanto que aproximadamente 50 destas produções acabaram sendo citadas por nossos editores na escolha dos piores filmes do ano - votação que acontece pela primeira vez aqui no Cine Players.

Confira agora o que houve de pior em nossas telas neste ano que está quase findado, e torça para que o cardápio 2009 de bombas cinematográficas seja, ao menos, mais palatável:

 

O que dizer de um filme que o próprio diretor rejeitou? Culpa do estúdio ou não, o fato é que Missão Babilônia é um verdadeiro caos cinematográfico. O que ainda começa como uma ficção-científica promissora aos moldes de 'Filhos da Esperança', vai se tornando, a cada novo minuto de projeção, uma verdadeira bagunça sem qualquer lógica. Personagens sem personalidade, trama confusa e atuações vergonhosas tornam a experiência de assistir Missão Babilônia algo insuportável, culminando nos vinte minutos finais mais sem sentido do cinema em 2008. A verdadeira missão é evitar esse filme a qualquer custo. Silvio Pilau

 

O cineasta Doug Liman demonstrou talento em 'Vamos Nessa!', iniciou com segurança a franquia Bourne e comandou o pipocão 'Sr. e Sra. Smith', filme conhecido por ter reunido o casal Brangelina. Em Jumper, entretanto, ele perdeu a mão, entregando uma mistura tecnológica entre um videogame esclerosado com um videoclipe alucinado. Ficou faltando somente contar uma história, que costumava ser o ingrediente mais importante. Andy Malafaya

 

Sexo Com Amor?, filme que marca a estréia na direção cinematográfica de Wolf Maya, é uma comédia ordinária. E esse péssimo resultado ocorre em virtude de o filme ser verdadeiramente uma grande telenovela: não somente o esqueleto narrativo, mas também os enquadramentos, o controle do tempo, os diálogos e até a trilha sonora, tudo lembra muito uma novela global sem graça. A trama, desenvolvida a partir de um longa homônimo chileno, apresenta situações com uma comicidade nula, uma vez que os personagens, mal construídos pelo roteiro de Renê Belmonte, são encarnados por um elenco forçado, de modo que a ruindade dos atores chega a embaraçar o espectador - Gianecchini é, com folga, o mais medíocre de todos. Carlos Vinícius

 

Filme para adolescentes, Maldita Sorte tem roteiro fraco e sem originalidade, que tenta se passar por comédia romântica. Mas é totalmente desprovido de graça, e ainda força a situação induzindo crianças a cenas sexuais. Depois de tudo o ator principal sai no desespero para tornar o filme divertido, mas sua tentativa acaba em situações vulgares e totalmente clichês. Tatiane Crescêncio

 

Esta série de terror já deveria ter morrido após o seu segundo capítulo. Estendê-la até o quinto não fez nenhum bem a ela. Jogos Mortais 5 merece figurar entre os piores filmes de 2008 pela insistência em não apenas repetir a mesma história de sempre, mas como também continuamente piorá-la. Agora, nem mesmo as cenas de morte, antes tão divertidas, fazem valer o esforço de assistir ao filme. Felizmente, a bilheteria foi muito baixa, e pode ser que vejamos no máximo mais um ou dois exemplares "disso". Alexandre Koball

 

Pior do que se perguntar quem liberaria verba para a produção de algo como Super-Herói: O Filme, é parar para pensar em quem gastaria seu precioso tempo e dinheiro para ver algo do tipo. A proposta é satirizar filmes de heróis, assim como seu irmão mais velho (e eficiente) 'Todo Mundo em Pânico' fez com os filmes de terror teen, mas a idéia vai por água abaixo ao longo da projeção: inspirando-se quase que totalmente em 'Homem-Aranha', os demais filmes de heróis são meros coadjuvantes, quase participações especiais, em meio à tanta falta de graça.  E se não há graça, o que pode haver de atrativo em um filme que se propõe justo a isso? Super-Herói está para os filmes como o xorume está para o lixo. Rodrigo Cunha

 

Como não poderia deixar de ser, 2008 foi um ano de muitas refilmagens inúteis em Hollywood. O Olho do Mal é uma das piores entre tantas. Os diretores empregam técnicas ridículas, ao estilo de vídeo-clipes, que fazem as cenas serem tudo, menos assustadoras. E Jessica Alba, novamente, um rostinho tão bonito quanto inexpressivo. Passe longe! Alexandre Koball

 

 

Alien Vs. Predador 2 já é um erro em seu próprio conceito. Dentro do universo de criações mercadológicas inventadas para se vender filmes, esta é uma seqüência para um cross over de duas franquias de sucesso. Como geralmente acontece com todo bom filme, ele acaba se deteriorando nas diversas continuações e derivações que se seguem ao original, e aqui não é diferente. Partindo da premissa, completamente risível, que tem como mote apenas uma desculpa para se liberarem diversas mutações diferentes de monstros que possam trazer o maior número de mortes de personagens, até, obviamente, os aspectos técnicos, tudo ajuda a torná-lo esquecível. Eduardo Ross

 

O mínimo que eu peço de um filme de suspense ou terror é que o perigo que cerca os protagonistas - não importa se for um serial killer ou um monsto que vem do espaço - seja algo realmente ameaçador, que me faça sentir medo junto com eles, que me faça torcer por eles. Sendo assim, como embarcar num filme em que os personagens fogem do vento? Como tornar essa ameaça em algo efetivamente atemorizante? Como filmar o nada? Será o que o Shyamalan não percebeu que a idéia, eventualmente efetiva no papel, não iria funcionar na tela? Fim dos Tempos pode ser o fim do Shyamalan. Régis Trigo

 

Espartalhões, eleito merecidamente o pior filme (filme?) do ano pelo Cine Players, é mais uma bomba de dois dos maiores estúpidos da história do cinema: Jason Friedberg e Aaron Seltzer. Teoricamente feito para ser uma comédia, este besteirol desprezível tenta parodiar o filme '300', de Zack Snyder. E fica mesmo só na tentativa, já que não há nada em 'Espartalhões': não há narrativa, não há diálogos aceitáveis, não há personagens legais, não há atores, não há coerência e, sobretudo, não há humor. 'Espartalhões', na verdade, é uma calamidade em movimento. É um ceroto cinematográfico. Carlos Vinícius

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