Danny Boyle, com seu Extermínio, tece aqui uma variante dentro do subgênero de filmes de mortos-vivos: uma bela história sobre o medo e a racionalidade (ou a tentativa de mantê-la) diante da catástrofe. Sem ser explícito, mostrando apenas o necessário, Boyle faz um filme que assusta muito mais pelo clima de tensão claustrofóbica e pela sensação de que você pode nunca estar sozinho, do que apenas por tripas sendo expostas. Movimentado, o filme tem grandes momentos e equilibra de maneira singular a ação e o drama. Boyle opta por estudar o medo de pessoas que vêem nada além de um futuro de morte no seu horizonte. O que um homem pode fazer para tentar manter a sanidade diante da catástrofe iminente, numa Inglaterra arrasada pelo vírus mortal? Esse questionamento fica ainda mais explícito no excelente clímax, no bloqueio militar, que proporciona cenas e situações chocantes e surpreendentes. É um grande filme do gênero, que não enrola e ainda tem um final ao mesmo tempo acalentador e pessimista.
Críticas
8,5
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