Ah, Quentin Tarantino... Esse canalha que vive de nos obrigar a parar tudo para correr e ver cada filme novo que ele produz. Esse cara, dono de uma memória cinematográfica gigantesca, que tem um estilo totalmente próprio, que conduz os filmes como quer, com os planos que quer, longos diálogos e personagens tão icônicos quanto geniais. Ah, Quentin Tarantino. De novo aprontou uma das suas. Django Livre é mais uma obra cujo adjetivo não pode ser menor do que genial. Mais uma história como só Tarantino faria. Mais personagens como só ele consegue criar. Mais cenas explosivas, repletas de sangue, como só ele consegue filmar. A história do Dr. King Schultz e Django Freeman pela libertação de Broomhilda, esposa de Django, é espetacular. Roteiro afiado, diálogos sensacionais, cenários incríveis.
E o que dizer das atuações? Christoph Waltz, depois de Hans Landa, faz aqui um inesquecível Schultz, capaz de convencer qualquer um sobre aquilo que diz, com seu refinamento e destreza coercitiva. Jamie Foxx é ótimo como Django, expressando muitas vezes pelo olhar tudo aquilo que quer dizer, mas precisa segurar, sob o risco de criar um tiroteio. Leonardo DiCaprio, como Calvin Candie, é brilhante. De sorrisos cínicos a explosões, sua presença na tela torna-se incômoda. Um grande antagonista.
Tarantino, seu canalha, que se dá ao luxo de até fazer uma ponta e sair de cena de forma espetacular. Depois da obra-prima Bastardos Inglórios, faz Django Livre. Se continuar assim, o Oscar virá logo, logo. Mas se bem que para ele, isso não deve importar muito. Afinal, ele faz o que quer na tela. Afinal, ele é Quentin Tarantino.
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