Marie (Juliette Binoche) esta numa casa com sua mãe cuidando do pai doente. Nesse fim de semana conhece Paul (Matthieu Kassovitz). Eles trocam olhares, e então, sua amiga o convida para a uma festa na casa de Marie. Os dois conversam, ficam e tem uma noite de amor. Ela então acorda e percebe que está num lugar diferente. Não consegue entender nada, está mais velha, num apartamento de luxo em Paris, com um filho e uma empregada. Se olha no espelho e não se reconhece, percebe que é uma outra mulher. Se passaram 15 anos de sua vida e ela não se lembra de nada.
Nesse momento vamos juntos com ela descobrindo o que aconteceu em sua vida. E assim ficamos sabendo que ela se casou, formou uma familia, se tornou numa empresária de sucesso e salvou a fortuna da famílida do marido. Porém, diante de tantas descobertas boas, descobriu também que seu casamento está em processe de separação. Todos a temem, e ela possui um caso com um funcionário da empresa. O pai faleceu e ela cortou as relações com sua mãe. Enfim, apesar de sua vida profissional ter alcançado as alturas, ela como pessoa caiu num profundo mar de infelicidades e desgoto.
"A vida de outra mulher", drama francês, é um longa divertido e engraçado. Nunca sendo profundo, nunca sendo raso. Um filme bacana. É com graciosidade e leveza que vemos todo o desenrolar dessa trama. A trilha sonora é muito bem usada, ela é ótima, desde o instrumental as músicas, tudo é muito cativante.
O drama se apóia na comicidade pra ganhar o público e consegue. A trama nao quer entender a causa desse esquecimento, mas fazer com que Marie perceba onde sua vida a levou. A vida que possui é a que realmente ela queria ter?
Tentando entender o que lhe aconteceu que tentará reconquistar seu marido, viver os dias com seu filho e buscar compreender em que pondo de sua vida ela mudou tanto. A relação com sua mãe tentará compreender também assim como se deu o falecimento do pai e ficará sabendo que não esteve tão presente assim na vida dele. Marie é vista pelos outros como uma mulher rude, grossa, sistemática e impaciente, que faz com que todos a temem e ela não consegue se ver nessa mulher que se transformou.
Esse longa segue aquele caminho de filmes como "De repente nos 30" ou "Quero ser grande" em que a pessoa ve seu passado e não consegue se enxegar nesse futuro tão mudado. O roteiro não chega a explicar algumas informações e seu desfecho complet essa ideia deixando o longa mais belo. Não é ideia da diretora explicar a causa, mas apenas mostrar a Marie o que lhe aconteceu.
Com essa ideia que a atriz francesa Sylvie Testud estreia no cinema com uma comédia/drama simples, mas muito bem conduzindo. Porém, o que prende todo o drama e segura o filme ainda sim é a presença magnifíca de Juliette Binoche. Ela que é uma atriz mais ligada a dramas, aqui dá vida a uma personagem mais suave, engraçada, leve. Ela encanta e diverti, mas também consegue dar dramaticidade quando a cena pede e a cena final é uma prova disso. O diálogo final entre ela e Paul é intenso e tocante.
Um filmes simples, mas que consegue agradar. Não é profundo, porém nao é raso, enfim, encanta e diverti
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