Uma tragédia anunciada desde o início.
Década de 20, período pós-primeira guerra mundial, a Europa se encontrava devastada, fazendo com que vários imigrantes fossem em direção à América, em busca do sonho Americano, e com Ewa(Marion Cotillard), e sua irmã não foi diferente. Ao desembarcar nos Estados Unidos, sua irmã fica retida com suspeitas de doença respiratória. Logo Ewa conta com a ajuda de Bruno Weiss, interpretado por Joaquin Phoenix, na sua quarta parceria com o diretor James Gray. Joaquin Phoenix, é de uma versatilidade incrível, o telespectador de cara o ver como um cara do bem, só que nem tudo o que parece é.
É pecado tentar sobreviver?
É esse dilema que Ewa, convive durante toda a trama. Uma jovem inocente Polonesa, que tem que submeter-se as vontades de Bruno, se tornando uma garota de programa. Mas tudo em prol de ganhar dinheiro para ajudar a sua irmã. Levando uma vida de pecados, logo ver seus sonhos de construir uma vida nova, por água abaixo. Ewa se encontrava no meio de um labirinto, deixando a vida religiosa de outrora, passando a ser uma pecadora assídua. Bruno parecia não se importar com isso, é quando o mágico Orlando(Jeremy Renner), entra em cena. Ao contrário de Bruno, se mostra carismático, e disposto a ajudar Ewa, que lhe pede ajuda quanto ao paradeiro da irmã.
Drama de sobrevivência é algo recorrente no Cinema, sendo grandes sucessos de público e crítica.Em As Aventuras de Pi, presenciamos a luta do personagem Pi Patel, que depois de perder seus pais em um Naufrágio, se ve dentro de um barco no meio do Oceano. Em A Imigrante, a luta de Ewa, é contra o seus ideais e religião, se tornando ainda mais brutal. Seu olhar, e expressões dizem tudo.
James Gray, parece não se intimidar, e, em seu quinto filme, passeia pelo terceiro gênero diferente, e todos executados de forma sensacional. O filme como se passa na década de 20, passou por várias transformações em seu processo de ambientação. Uma fotografia belíssima, que em certos momentos lembra bastante a de Era uma vez na América. A direção de arte, e os figurinos não são menos que genias, sem contar que a trilha sonora contribue bastante para as diversificadas situações vividas pela personagem. Marion Cotillard agarrou com unhas, e dentes, a oportunidade de interpretar a personagem título. Sua atuação é uma das melhores dos últimos anos, a necessidade de mudança de face, de acordo com as cenas contribuiram bastante. Joaquin Phoenix como é de costume brilha mais uma vez, talvez seja o melhor ator em atividade.
O lindo plano final é aberto a interpretações, depois de um ríspido e violento diálogo, o espelho reflete Bruno com um olhar o tanto que desolador, se afastando em câmera lenta, do barco que leva Ewa embora. Brutal é a melhor palavra que define o filme.
Quando será lançado mesmo, o próximo filme, do James Gray?
Mas tu pegou bem um dos dilemas da Ewa, a definição brutal para o filme (e é mesmo).
Você tá falando que ficou bom, quem sou eu para discordar.😁
Darlan é outro que tomou gosto por escrever :), cara gostei do teu texto, não ficou ruim não, ficou é direto ao ponto.
E me faço a mesma pergunta que fez aí no final hahaha
Valeu Pedro! Hehe já na expectativa para o próximo do James Gray.