Brutal! Somos protagonistas do teatro visceral da vida, cujo roteiro é redigido pelas idas – que muitas vezes não sabemos o caminho de volta – e vindas, pelos encontros e desencontros, pelos limites de cada um.
Até que ponto a ação do outro pode se manifestar perpetuamente em mim? E qual o grau dependência disso? O vazio existencial é um dos fatores que impulsionam o ser humana a devastar? "Magnólia" é uma bomba relógio de perguntas e divagações, a qual nos dar a liberdade de acharmos as nossas respostas. Por mais difícil que seja encontrá-las, o destino sempre colocará rastros para que possamos enxergá-las – isso permite que a obra não soe pretensiosa, apenas reforça assuntos complexos de rigorosa digestão.
Embora algumas facetas beirem o surreal, as convivências parecem tão familiares, que chegamos ao súbito envolvimento com os fortes dramas (dificuldades, fraquezas e dúvidas) dos personagens. Este imponente filme do renomado Paul Thomas Anderson é um olhar extraposto sobre o mundo, uma arrebatadora pintura do que somos e o que podemos nos tornar: um mero reflexo do outro.
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