Se você é cineasta e almeja um cobiçado prêmio cinematográfico importante e internacional, eis o roteiro, o "briefing" a ser seguido para a sua brincadeira se transmutar numa panacéia: pegue um punhado de gente oprimida, de preferência pelos EUA, mostre os opressores como o Diabo encarnado, e não importa que sejam minoria dentro de um contingente enorme de pessoas decentes e, finalmente, adicione muita truculência contra essa turba “inocente” excluída por suas convicções.
Pronto! Está a caminho o próximo Oscar, Cannes, Globo de Ouro ou...Grande Prêmio do Juri de Berlim. Prêmio que esta obra recebeu por supostamente mostrar de forma imparcial as atrocidades praticadas pelos soldados americanos durante a Guerra do Iraque. E estas atrocidades realmente ocorreram? Não resta dúvida. Porém, enquanto pouco caso foi feito das inúmeras vítimas dos iraquianos xiitas raivosos bombardeando e esquartejando jornalistas e militares, os pobres terroristas são mostrados como símbolo humanitário da "resistência pacífica". Quando matam as pencas, é "por defesa", quando os Americanos o fazem com apenas um deles, são monstros fascistas, sanguinários e reacionários comandados por um presidente não menos desalmado.
Aí reside o problema da obra de Errol Morris, cineasta por detrás da pérola. Ele reveste um documentário de imparcialidade, no entanto trata-se apenas de mais uma obra politicamente correta no melhor estilo "luta de classes hollywoodiana". Porém sobra um mérito, Enquanto o documentário não recebe uma narração firme e intromissão constante, como Michael Moore sempre fez nos seus manipulados trabalhos, tenta ser imparcial por permitir que os soldados narrem seus dramas de modo que o espectador seja transportado a verdade mais nua e crua impossível. É como se Morris dissesse: "Taí, eu não inventei nada, foram eles que disseram!". O que não deixa de ser de um cinismo delirante também, visto que recursos de edição podem arrancar quaisquer verdades de um contexto, mesmo as mais sórdidas. Mais chocante ainda é a forma como essas verdades sofrejam melodias suaves nos ouvidos de quem somente quer um pretexto pra mandar pedras nos EUA. Prova de que quando o cineasta finge não tomar partido da coisa, ela só tende a ficar mais abjeta na ânsia de enganar e trapacear.
Então o documentário é mentiroso? Não! de forma alguma. Essas torturas ocorreram e foram ultrajantes, porém quando comparamos as gulags russas, as grandes fomes ucranianas, os genocídios chineses de Mao Tsé-Tung, as atrocidades cometidas por Pol Pot, aos assassinatos de Cristãos no Oriente Médio e Extremo Oriente e, por fim, ao banho de sangue revolucionário propagado pelo ídolo das esquerdas histéricas, Che Guevara, a impressão que se tem é que a balança dos esquerdistas e comunistas é bastante desigual. Para eles, a direita matou e esquartejou, enquanto os mesmos são heróis libertadores do mundo moderno. Praticamente não existem documentários mostrando os atos genocidas dos maiores criminosos do planeta, (uma dica é o vergonhosamente desconhecido The Soviet Story de Edvins Snore ), todos pertencentes a esquerda, enquanto "monstros" de direita ganham forma todos os dias.
Mas porque isso acontece? Por que somos levados a achar que Guatánamo é um paraíso de monges oprimidos e não de terroristas assassinos? Por que
cremos que Abu Ghraib é uma desgraça, o maior crime cometido contra a humanidade desde o Holocausto? Por um motivo bem simples: Os EUA são o vilão da hora, e não importa que seja o país onde minorias formadas por árabes, judeus, negros, gays e latinos vivam melhor no Mundo, onde os presídios parecem hotéis, principalmente quando comparados aos nossos. A mídia, Hollywood e nossos professores de ciências humanas disseram que a América é ruim, então deve ser! E estes são os mesmos, que embora jurem não pertencer a nenhuma organização comunista, ocultaram e ocultam todas as atrocidades dos mesmos. Quando ,não raramente, fazem uma ode aos santarrões, em aberrações mentirosas como Diários de Motocicleta e Che, que são criticados pela esquerda por não serem suficientemente condescendentes.
A única pergunta que nos resta é: O que será do mundo quando a ONU e sua nova marionete, Barack Obama, estrangularem a América nesse processo de "diálogo" e "mudança"? Eu particularmente não sei, mas em breve teremos a delicada China, poluindo o mundo, e terroristas ditando as regras do admirável mundo novo.
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