Fazendo sua estréia como diretor, o americano Wes Craven, considerado por muitos um dos mestres do cinema do terror, procurou fazer polêmica ao produzir um dos filmes mais sádicos e violentos da história do cinema, e naquela época então, nem se fala. O próprio Craven disse que não agüentou assistir o próprio filme muitas vezes, pelo nível cruel que é apresentado.
Na história, duas garotas vão para um show de rock numa cidade vizinha, só que inventam de cometer o erro de antes ir até a periferia comprar drogas. O grande azar é que a “boca de fumo” é comandada por um grupo formado por quatro psicopatas foragidos da polícia, que estão sendo procurados por assaltarem e estuprarem várias pessoas. Logo as meninas são raptadas pelo quarteto e levadas para um matagal para serem as suas novas vítimas. A partir daí o telespectador verá a maldade humana na sua forma mais cruel e impiedosa. As pobres meninas são colocadas à todas as humilhações possíveis: são forçadas a urinarem nas calças, depois estupradas, torturadas e por fim mortas (a morte é a única salvação das garotas se livrarem de todo esse terror). E se o telespectador pensa que com a morte das garotas, se salvou de ver toda a barbárie já apresentada durante a projeção, está se equivocando. Os bandidos cansados de tudo aquilo que fizeram, além do carro quebrado, vão buscar auxílio na casa mais próxima, e mal sabem eles que a casa aonde vão é a casa de uma das pobres meninas. Os maníacos são bem recebidos pelos pais da garota, com direito a comida e cama. Só que durante a noite, os pais da garota descobrem que sua filha foi morta pelos hóspedes. E a partir daí a árdua vingança dos pais é derramada por cima dos bandidos: são derrubados, esfaqueados, estripados por uma serra elétrica e um deles tem seu pênis cortado a dentadas. Tudo isso de uma forma explicitamente nua e crua. Na verdade, a versão mais brutal e explícita do longa está no dvd americano, pois por aqui, as poucas e raríssimas fitas cassetes existentes no país tiveram várias tesouradas feitas pela censura.
Como disse, ANIVERSÁRIO MACABRO é bizarro ao quadrado, de tão violento e explícito que é! Nem as dozes de humor vindo de algumas cenas dos pais da jovem e de dois policias idiotas e burros (perdi a conta de quantas vezes desejava ver os dois serem mortos pelo bandidos) suaviza o horror que já foi visto na tela.
É um filme que não é para se gostar, tão pouco para se admirar, mas que deve ser visto só para enfim conhecermos a coragem de um louco (na época muitos o rotulavam assim) aspirante a diretor que para ser o centro das atenções e clamar por sucesso, inventou de horrorizar os olhos do público da época com uma história nada agradável abundante em violência explícita e sexo brutal. Coisa que de certa forma saiu quase em vão, pois Craven só obteve sucesso, reconhecimento e fama quase 12 anos depois, com o lançamento do seu clássico A HORA DO PESADELO.
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