Bruno é um daqueles filmes que jamais se pode levar a sério. Com um humor extremamente ácido e negro, o longa do sensacional Sacha Baron Cohen rendeu muitas críticas e pôlemicas por todo o mundo, inclusive com a proibição de sua exibição em alguns países. E não é pra menos: muitas cenas de sexo (gay) beirando o explícito, um pênis dançando na tela por 2 minutos, sexo oral em um espírito, palavras e cenas fortes (e muitas vezes desnecessárias).
Bom, isso seria constrangedor vindo de um outro ator, mas não para o Cohen, que não necessariamente quer nos fazer rir e sim nos chocar. E ele consegue!
Com poucas cenas lentas e chatas, o longa é basicamente de diálogos rápidos e sempre afiados e grosseiros. Não é um filme de digestão fácil, é difícil se ter uma meia opinião com as muitas cenas que (dependendo de quem assiste) são interpretadas como de extremo mau gosto ou como para fazer rir. Definitivamente ele não deve ser visto por quem se ofende fácil ou prefere os filmes mais corretos.
Meu conselho é antes de ver Bruno, assistir Borat, já que ambos são com o mesmo ator e diretor. Tudo bem que Borat fica parecendo um monge budista perto das aventuras do Bruno, mas os dois tem o mesmo espírito crítico e piadas (as vezes) inteligentes, e ainda o tom de documentário. Sendo assim, quem gostar do estilo de Borat, provavelmente não se decepcionará com o Bruno, mesmo este sendo um filme mais escrachado e extremamente grosseiro, mas não por isso menos bom, já que o forte aqui é o estilo do Sacha Baron Cohen: o mais do mesmo que deu certo.
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