O ano era 1997. O diretor James Cameron estava prestes a lançar seu mais ambicioso projeto: Titanic. Considerado o filme mais caro da história, o mesmo estava prestes a se tornar o maior fracasso também. Ninguém acreditava que o louco diretor (que foi capaz de construir um navio com medidas semelhantes ao Titanic real em um imenso tanque no México, para em seguida naufragá-lo) pagaria com a bilheteria o orçamento milionário necessário para recriar a trágica história do naufrágio. Pois erraram feio. Titanic tornou-se um fenômeno mundial alcançando a maior bilheteria até os dias de hoje.
Antes mesmo do diretor se aventurar nas profundezas gélidas do Atlântico Norte para recriar Titanic, ele já tinha a ideia do Avatar em mente. Não pôde executá-la na época porque não existia tecnologia suficiente para produzi-lo. Tecnologia que por sinal fez com que o filme demorasse quase 5 anos para ser feito e custasse mais de 200 milhões de dólares apenas para fazer toda a tecnologia necessária para criar o impressionante realismo empregado nas filmagens.
Passados 12 anos do estrondoso sucesso de Titanic, James Cameron lança Avatar. Genial, gigante, comovente, emocionante, brilhante são algumas das palavras que posso usar para defini-lo. Aqui não estou falando do diretor, embora estes adjetivos possam ser tranquilamente utilizado para ele também. Mas sim do filme.
Embora não tenha um roteiro tão genial assim, a história é boa, não tendo nenhum diálogo ótimo, mas também não tendo nenhum que agredisse a minha inteligência (ao contrário de Titanic, por exemplo). Mas o que realmente impressiona neste longa são as paisagens, a fauna e flora do Mundo de Pandora. A criatividade do cineasta foi ao extremo em fazer seres e lugares brilhantes e fluorescente com cores cítricas, montanhas flutuantes, árvores gigantes entre tantas criaturas fantásticas que deixam a nossa mente ao mesmo tempo perplexa e encantada. As inspirações foram muitas aqui: uma boa dose de criatividade e “invencionismo” com outras doses de seres terrestres e aquáticos (ficou claro que muito do que se vê no filme foi inspirado através de suas viagens subaquáticas para as filmagens de Titanic). O que importa é que temos aqui um filme que ficará na história não só por tornar-se o filme mais caro, custando ao total impressionantes meio bilhão de dólares, aliado com a segunda maior bilheteria (que eu acredito que logo passará de Titanic, do mesmo diretor) e ainda fazendo com que este filme vire um marco no cinema 3D. Já que após ele, terá o cinema 3D o antes do Avatar e após o Avatar, pois até então nunca se viu a terceira dimensão tão bem empregada nas telas e ainda a sua popularização. Assim como nunca se viu um filme com tamanha criatividade, beleza e perfeição nos detalhes fazendo com que Pandora se torne um mundo real e não impossível de existir, pelo menos nos seus 162 minutos de duração.
Que a magia continue Mr. Cameron!
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