Alívio é a sensação que tive quando acabou este filme. Com um Prólogo absurdamente lindo (uso este termo porque o filme é feito em capítulos), Anticristo é um dos filmes mais perturbadores que já assisti. Várias cenas de sexo, pornografia, sadomasoquismo, muita dor, depressão, masturbação, mutilação genital entre outros fatos incomuns aos filmes fizeram este longa ser vaiado no Festival de Cannes além de causar polêmica não só no festival, mas também em qualquer outro lugar do mundo.
Voltando ao Prólogo, onde o diretor Lars Von Trier (do excelente Dogville) nos mostra um casal (interpretado aqui pelos absurdamente ótimos atores Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg) fazendo sexo, enquanto seu filho se joga pela janela. E ao desenrolar dessa depressão e dor vivida pelo casal que o filme acontece. O problema é que esta fase acaba sendo comprida demais, chata demais, confusa demais, esquisita demais, desnecessária demais já que muitas das cenas não fariam a mínima falta se não tivessem ali.
Aqui não se trata de um filme feito para a massa. O diretor por várias vezes falou que não fez o filme para o público, mas sim para ele mesmo. E não fica difícil ver que ele tem razão. O próprio diretor comentou que o roteiro foi filmado e finalizado sem muito entusiasmo, cenas foram acrescentadas sem razão. Imagens foram compostas sem lógica ou função dramática. Bom, não há de se negar que pelo menos o Von Trier é honesto, porque o filme é completamente sem nexo e sem sentido. Ele está longe de ser um filme fácil, já que além de não ter um final honesto, ele desafia a moral do público, mexendo com as reações mais adversas possíveis dos espectadores. É por todo perturbador, fazendo com que a experiência em assistir este filme se torne difícil de ser assimilada. Intragável mesmo. Afinal, como eu disse anteriormente, o diretor não fez um filme para o público, mas para si próprio. Por isso recomendo que você não assista-o e espera ele fazer um filme novamente para o público.
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