Um filme sobre liberdade, desapego. Inicialmente Holy se mostra distante e estranha a seu pai, que representa uma figura sufocante e opressora. Já Kit é uma pessoa deslocada à sociedade e seus valores; o que fica muito claro através de suas escolhas ou da ausência delas, de objetivos determinísticos.
Eles se conhecem, e em suas monotonias se relacionam. Kit representa, a seu modo, liberdade, assim como ela à ele. Quando abruptamente, ocorre uma interrupção nesta relação, eles passam a ser expostos às suas indiferenças, que os levam, mesmo que de forma confusa, a abraçar e buscar a liberdade, partindo numa incerta jornada em meio à natureza; claramente o maior símbolo de liberdade no filme...
Estas incertezas e diferenças de valores inconscientemente os distanciam. Kit, mesmo em meio a sua paranoia, tem conforto na natureza, que lhe é pacificadora. Muito diferente de Hooly que a vê, cada vez mais, como um ambiente estranho, a que não pertence.
Observe que Malick não apresenta julgamentos, eles simplesmente se distanciam, o que também pode ser constatado em seu fim... mas pouco antes Kit recolhe pedras que estavam espalhadas ao acaso, livres, e as amontoa simbolizando que a liberdade foi momentânea, mas não menos gratificante...
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