Sasha Baron Cohen é um dos humoristas mais sagazes de sua geração, com Borat, o Cazaquistanês que chega a América para constranger um Estados Unidos que estava sendo duramente contestado em suas políticas externas. Essa mesma escatologia, persistiram com Bruno e O Ditador, que podem não ser tão incríveis quanto Borat, mas não deixam de ser bem afinados na sua construção crítica sobre o nosso estado de violência civil.
Após esses filmes, cheguei a Ali G, um rapper que tal qual Borat, cria situações constrangedoras por ser um indivíduo sempre fora do contexto e ao mesmo tempo, tao dentro dele. Algo que funciona bem enquanto esquetes de humor com entrevistados que tentam levar sua persona a sério. Porém na hora que todo o universo entorno de Ali G é trazido à vida, a questão muda de foco, pois tudo que era controverso se torna convencional, balizado por uma estrutura narrativa que te leva ao mesmo final feliz de comédia familiares, porém com um humor tolo, que leva a experiência de assisti-lo até o fim, uma tortura. Há até piadas bem inspiradas, mas nada salva a sensação de algo pateticamente fraco e falso enquanto humor, ou mesmo simples entretenimento, que só sabe cuspir e tentar constranger qualquer senso moral, ou moralista, sem sucesso, pois somente causa pena.
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