utopia alegórica á nordestina
eficiente em reproduzir ao espectador o calor e o cansaço em que a trama se desenvolve, o curta apresenta cinco personagens, que pouco falam, que não tem nome e não tem características bem desenvolvidas ou marcantes porque não precisam, dessa forma a película ganha seu potencial alegórico.
a fotografia de walter carvalho é impar e o time de atores brilhante (servilho, everaldo pontes, Zezita - ícones do teatro paraibano) e é eficiente em efetivar as exegeses buscadas.
me lembrei do mito de édipo rei (atenção: não tem a ver com o complexo de Édipo), na medida em que morto o algoz, a figura que no curta personifica o mal, o dia se irradia, o sol fustigante desaparece, uma chuva chora, talvez de felicidade, sobre a terra ensaguentada e a tensão forte e crescente se esvai: as amarras da opressão e subserviência são superadas numa epifania de esperança.
o curta é baseado num conto homônimo mas não recordo o autor.
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