É interessante assistir a uma sequência quando não se viu o primeiro filme. E nisso a produção conseguiu o que queria, deixar o público com vontade de ver o filme inicial. Porém a sensação que ficou é a de um filme raso, sem coragem de usar os personagens ou a densa história que possui.
A introdução é elaborada, um tanto apressada, mas interessante. O diretor estreante mantêm uma câmera estática nos vários personagens e panorâmica no pivo do filme em diversos momentos. O pivo interpretado sem carisma por Garrett Hedlund faz dele um mero introdutor a história de Tron. E isso é importantíssimo pois mesmo que mastigado, todos os elementos são apresentados no início do filme e contemplados (minimamente como veremos) ao final do filme.
Após o início somos apresentados a grandiosa obra visual que é a Grade, e é neste ponto que o filme se esmera ao máximo. Os detalhes e fundo da introdução primorosa são esquecidos e parecem ser empurrados para uma futura seqüência. O longa se concentra em reforçar ao máximo o que é a Grade e como tudo funciona. Mas é aí que as coisas começam a falhar, alguns quesitos são rasos, são explicativos na medida da necessidade. E este é um tropeço comum neste filme. Por exemplo os próprios personagens da Grade são apresentados de forma interessante, porém rasos, explorados minimamente. Isto vale para todo personagem, tendo vários deles conteúdo a ser explorado mas não vemos este conteúdo no filme. Por exemplo o lacaio programa de Clu, o próprio Clu e Castor.
Temos alguns acertos com o personagem de Jeff Bridges principalmente em sua fase Zen e com Olivia Wilde que realmente é interessante e até crível. Seu personagem deveria ter a maior atenção possível, e isto é quase atingido. Nem o final climático é interessante, ao menos não é absurdo como outros sci-fi, porém não é inventivo justamente por não explorar outro personagem essencial ao fundo do filme Rinzler.
Mas Tron acerta em vários pontos: O mundo é crível, as cenas de ação são elaboradas e belíssimas. A fotografia escura constatada por três tons predominantes o azul, vermelho e amarelo é ousada. A trilha sonora é excepcional. Vale a pena conferir o filme mesmo tendo um roteiro nada inventivo mas por seu visual e som.
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