Sociedade dos Poetas Mortos
Desde que nascemos nossos pais nos fazem seguir os melhores caminhos direcionados ao sucesso, querem que cheguemos ao topo, que sejamos os melhores em nossas vidas, mas as perguntas que ficam são as seguintes: será que realmente há vida? Será que realmente é isso que queremos? Será que somos obrigados a ouvir o que dizem justamente por serem nossos pais? Essas são perguntas que o filme Sociedade dos Poetas Mortos tenta nos fazer, nos propõe uma viagem dentro de nós mesmos em busca da nossa vontade, nos fazendo viver de verdade o que queremos, o que almejamos, o que sonhamos cada dia de nossas vidas.
Somos apresentados a uma escola, composta só de homens, com grande renome, considerada a melhor dos Estados Unidos, já que ao longo de seus cem anos, tenha aprovado centenas de jovens que, futuramente, se formariam em universidades exemplares do país. Nessa escola, a história se foca em um grupo de garotos com personalidades diferentes, porém, com o mesmo objetivo de seguirem o que seus pais mandam, e o que a escola ordena tudo em prol do sonho de suas famílias de vê-los como profissionais destacados na sociedade. Assim, apresentados os personagens mais jovens, chega um professor novo, chamado Mr. Keating, ou como o mesmo prefere ser chamado ‘’Oh, Capitan, my Capitan!’’, que irá mudar a vida de todos ali de forma extraordinária ao mostrar o real valor da vida.
Carpe diem, como a própria obra diz, é um termo em latim que significa ‘’aproveitar o dia’’, no caso, aproveitar a vida, já que ela é curta e passa mais rápido que nós um dia imaginamos. Esse mesmo termo é citado, primeiramente, pelo professor, ao tentar, através de poesias, ensinar aos alunos o sentido da vida, tentar fazê-los andar com as próprias pernas, verem a vida de uma perspectiva diferente. E ao fazer isso, criará atrito com as normas impostas pela educação daquela época, que faziam dos alunos apenas seres que não pensam, com ‘’educadores’’ soltando as informações como se eles não tivessem cérebro, sem nenhuma explicação aparente. Com o tempo, cada um dos jovens vai moldando sua consciência, vai moldando suas opiniões, se distanciando cada vez mais do que foi imposto pela sua família, e tomarão atitudes que desafiarão seus pais e s instituição.
Tudo que assistimos no filme é de uma total sutileza e beleza, onde há um estudo extremamente relevante de personagens, e uma demonstração de como era difícil existir alguma consciência crítica na época, além disso, principalmente, demonstrar que a vida perdeu seu valor, e, em seu lugar, a frustração se tornava cada vez maior durante a mesma quando se percebia, finalmente, que não se tinha vivido, afinal. Podem-se destacar diversas qualidades da obra como, em primeiro lugar, o roteiro, simplesmente excepcional, diálogos coerentes e naturais, dando certa leveza tanto aos personagens quanto à história em si. Outra qualidade do filme, é seu elenco, comporto por jovens muito talentosos, e, é claro, Robin Williams, que interpreta seu personagem com uma simpatia e habilidade incríveis, tendo total domínio a cada cena. Também devemos destacar a trilha sutil e expressiva de Maurice Jarre, que flui belamente em cada cena, e que transborda sentimento, e por fim, devo lembrar dos últimos minutos do filme, que encerram a obra com muita emoção, beleza e sutileza.
Enfim, Sociedade dos Poetas Mortos é um dos filmes mais bonitos e interessantes que já vi, tendo uma mensagem magnífica e relevante, possuindo uma narrativa excepcional e uma contrução de personagens exemplar, simplesmente maravilhoso.
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