Tenho uma enorme admiração pela a atuação de Benigni nesse filme. Mas em relação a obra, acredito que peca apenas por ter uma história já muito explorada em outros filmes que falam sobre o nazismo e abusos contra os judeus. A típica história de uma família que é separada em meio ao caos do Holocausto e passa por diversos tipos de sofrimentos e explorações.
Porém, A Vida é Bela tem os seus méritos. Apesar de ainda explorar o relacionamento entre a família, (nesse caso, entre pai e filho apenas) esse relacionamento é desenvolvido de uma forma diferente. A maneira como Guido faz de tudo para que não tenha que contar ao seu filho a real proporção dos fatos em que estão vivendo é muito interessante e não deixa de ser inteligente.
Muitas pessoas criam um tipo de preconceito pelo filme pois não conseguem entender como o Oscar pode ter sido concedido a Benigni com tantas outras excelentes atuações (talvez até melhores) dos atores concorrentes. Mas eu acho que esse Oscar foi merecido.
Guido é um romântico incorrigível, de bem com a vida, que parece nunca ficar triste. Eu. particularmente, criei um certo apreço pelo personagem. A minha teoria é que, quando o telespectador cria esse apreço pelo personagem, é sinal de que a atuação é ao menos acima da média.
Embora alguns momentos no início sejam totalmente desnecessários e até mesmo sem coerência, o filme em si é bom.
Chegando a uma conclusão, a história é muito boa, a direção não me agradou muito por pequenos detalhes, mas o que realmente me conquistou foi a ótima atuação de Benigni. Seria um pouco ousado comparar Guido aos personagens vividos por Chaplin, mas não deixa de lembrar. A Vida é Bela conta uma linda história entre pai e filho, em meio a dor e o sofrimento a sua volta. Recomendo.
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