Depois de explodir um cinema com Hitler e os principais nomes do alto comando nazista dentro em "Bastardos Inglórios", Quentin Tarantino volta às telonas com mais um capítulo da história reescrito - à sua maneira, claro. Agora é a vez de escravos do sul dos Estados Unidos se vingarem de seus opressores. Django Livre tem muito do cinema de Tarantino, mas, como não podia deixar de ser, carrega uma tonelada de referências dos filmes que o diretor assistia quando ainda era um "rato de locadora".
Aqui encontramos de tudo um pouco: dos westerns spaghetti de Corbucci até "Os Três Mosqueteiros", de Alexandre Dumas. Tudo junto e misturado em mais uma daquelas bagunças tarantinescas que os fãs tanto amam, com banhos de sangue, diálogos longos, muita referência pop e edição ágil. Não há ninguém - repito, NINGUÉM - que faça um cinema tão original e autoral quanto Quentin Tarantino.
Mas aqui o destaque também é dividido com o elenco. Jamie Foxx, Christoph Waltz (vencedor do Oscar pela segunda vez), Leonardo DiCaprio (indicado ao Globo de Ouro) e Samuel L. Jackson dão um show. Todos eles, sem exceção.
Não está no nível de trabalhos anteriores do diretor, como "Pulp Fiction" e "Kill Bill", mas é sempre bom ver um cineasta com tanto talento em sua melhor forma. Agora, nos resta esperar pelo seu próximo filme. E a pergunta que fica é: quem Tarantino mandará pelos ares? Façam suas apostas. Ele está mais inspirado do que nunca.
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