“Às vezes você faz escolhas na vida e às vezes as escolhas fazem você.”
Ao término do filme, “Se Eu Ficar“, as faces ainda continuavam umedecidas pelas lágrimas que rolaram bem mais num momento de decisão para um avô que de uma só vez perdera entes tão queridos… Para esse avô era como se avaliasse a si próprio… como também tentar aceitar tal fato… onde até ficaria uma vontade imensa de dar um murro na cara do destino se isso fosse mudar alguma coisa… pois era uma mudança irreversível… O personagem desse avô – numa uma ótima interpretação de Stacy Keach (A Outra História Americana) -, com certeza irá tocar mais profundamente em que já vivenciou passagens parecidas. Mais ainda em que teve um ser amado em coma…
“A vida é uma grande, gigantesca confusão. Mas essa é também a beleza dela.”
Agora, em “Se Eu Ficar” esse avô é mais um a tentar dizer a uma jovem que sim, que ficasse! Que não ficaria sozinha. Ela é a peça central dessa história, a jovem Mia. Numa comovente e brilhante atuação de Chloë Grace Moretz (A Invenção de Hugo Cabret). Mia tinha sonhos, tinha planos para um futuro que a levaria para longe dali para se aprimorar nos estudos de violoncelo. Mas de repente se encontra em coma e… de uma tragédia que talvez pudesse ter sido evitada… Mas aí não haveria essa breve e dolorosa história…
“_E se nada der certo? Vai me ajudar a catar os caquinhos?
_Cada um deles.”
Num dia onde por conta de uma nevasca, e que o recomendado a todos seria ficar em casa… Mas como a escola onde o pai de Mia, Denny (Joshua Leonard – “A Bruxa de Blair“), lecionava e ela e o irmão, Teddy (Jakob Davies – “Uma Viagem Extraordinária”), estudavam não iria funcionar… Motivando também a mãe, Kat (Mireille Enos – “Sem Evidências”), a faltar ao trabalho… Essa família feliz com esse “feriado” resolvem pegar a estrada para uma visita aos avós… E no meio do caminho, numa curva, um carro derrapa atingindo o deles com violência.
“Me apaixonar pelo Adam foi como aprender a voar. Era empolgante e assustador ao mesmo tempo.”
Mia então inicia uma peregrinação extracorpórea… Uma alma ainda tentando descobrir o que tinha acontecido com ela e sua família. E enquanto seu corpo permanecia em coma no hospital… Com cada um que ali se encontrava a esperar e pedir que ela ficasse com eles… Mia rever sua vida… Em especial com tudo o que vivenciou com Adam (Jamie Blackley – “Branca de Neve e o Caçador”)… Adam tinha uma banda de rock, logo também um apaixonado por música. De boa índole, mas um pouco descompromissado com a vida aos olhos da amadurecida Mia. Aliás, filha de ex-hippies Mia se sentia como um peixe fora d’água perto de todos eles. Algo que pesava muito em se deixar partir…
“Quero que me toque como faz com o violoncelo.”
Em “Se Eu Ficar” temos os medos, anseios… de uma adolescente num momento de decisão: viver ou se deixar morrer. Parabéns ao Diretor R.J. Cutler pela construção da trama e performance dos atores. Uma Trilha Sonora primorosa! Do Clássico ao Pop Music! De Beethoven a Christina Aguilera! Além do que Cello e Cellist passam muita sensualidade! E pareceu que o roteiro de Shauna Cross também contou bem a história do livro homônimo de Gayle Forman. Um Filme para ver e rever! Nota 10!
Por: Valéria Miguez (LELLA).
Muito bom! Concordo com vc