Amei! Meus olhos marejaram em algumas cenas. E quis escrever, descrever o que senti com "Para Sempre". Não trarei spoilers, muito embora me vi tentada porque o filme traz como pano de fundo: relacionamentos. Mas naquele tipo de relação onde há um tipo de sentimento, não se tratando das profissionais, nem tão pouco das meramente cordiais. Ele fala de envolvimentos que fizeram, e ainda fazem parte da vida dos personagens. Foram, são sentimentos que não tem como considerá-los por níveis, melhor ordená-los em outra escala de valores: quer seja do tipo fraternal, ou entre pais e filhos, ou até entre amigos muitos íntimos, sem se esquecer do que está a frente dessa história que é uma relação a dois. Seja em qual tipo for, ele será num momento de decisão. Onde o real sentimento será testado diante de algo impactante.
"Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Nem pela admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo jamais apaga um amor sem explicação." (Madre Tereza de Calcutá)
Se faz necessário levar em consideração que "Para Sempre" trata-se de uma linda, comovente, e porque não edificante história de amor. Logo, é um Romance em primeiro plano. Aos que não curtem esse gênero de filme, melhor assistir um outro a gosto. Há um Drama também, mas ele irá abater mesmo em um do casal principal, e que também em um de uma outra relação. Falo dessa outra mais adiante.
Tão logo eu li as primeiras notinhas sobre esse filme, um outro me veio à mente. É o "Como Se Fosse a Primeira Vez". Nesse de 2004, o personagem de Adam Sandler toma para si o querer conquistar a amada todos os dias, e para sempre. Já nesse de 2012, esse tipo de empreitada veio por um acidente do destino: a trombada de um caminhão leva parte da memória da mulher amada do personagem vivido por Channing Tatum, o Leo. Até pelo o que falou durante os votos na cerimônia de casamento, Leo vai tentar reconquistar o amor de Paige, personagem vivida por Rachel McAdams.
A memória apagada de Paige não ficou somente nesse tempo onde conheceu e se apaixonou por Leo. Ela avançou mais no seu passado, onde além de conviver com sua família - pais e uma irmã -, tinha as amigas de infância, e estava à beira do altar. Como não lembrava mais do que a afastou de todos, eles voltaram em peso, e como se nada tivesse acontecido. Assim, essa aparência de uma vida feliz com esses as quais Paige lembrava, termina por ser mais um grande obstáculo para Leo, de quem ela nada lembrava. O dinheiro do pai, também contou pontos. Leo se viu como o gato vira-lata em seu quintal.
Algumas das cenas que justificam que os sentimentos não são meros clichês:
- de Paige com a mãe (Personagem de Jessica Lange.): onde essa lhe mostra qual a balança que usou num momento de decisão.
- de Paige com o pai (Personagem de Sam Neill.): Nossa! Foi um comovente corte no cordão umbilical.
- de Leo com a irmã de Paige e o noivo dessa: meio que mostrando ao futuro casal, que um viver a dois os medos podem ser vistos por um ângulo mais favorável.
- das várias entre Paige e Leo, que torna difícil escolher, trago duas: do Leo reconhecendo que seria melhor se afastar de Paige, em dar a ela um tempo para escolher. A outra, a frase dele no final, mas se eu contar será spoiler. Ressalto apenas que mostra o quanto de sentimento ele tem por ela.
Parabéns ao Diretor Michael Sucsy! Que soube conduzir muito bem todo o filme. Até em permear a história por uma parte dela em Off, que foi como costurando uma colcha de retalho entre todos os relacionamentos. As atuações também estão ótimas, mesmo os que tiveram um tempo curto no filme. A Trilha Sonora também veio como um coadjuvante de peso. A cena do Leo, triste, num solo com um violão me fez pensar em "One", do U2. Belíssima cena!
Então é isso! Um filme para ver e rever!
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