O título dado no Brasil até que trouxe uma peça para se tentar descobrir quem seria o tal homem. Mas quem seria ele? Um matador de aluguel? Um, de muitos que há por ai. O título original diz de onde esse veio. E virou uma alcunha, quando dele falavam no lugarejo onde se instalou por um tempo. Um lugar encravado numa das montanhas da Itália: Castel del Monte.
Antes de ver o filme ao ler uma sinopse ela me fez pensar em ‘Layer Cake‘. Primeiro fiquei a pensar se teria o mesmo desfecho. Depois, se esse aqui seria tão bom quanto o outro. E o que traria de diferencial entre tantos filmes com matadores profissionais.
Verdade seja dita, o carimbo do passaporte veio com essa dobradinha, esses dois colírios: George Clooney + Paisagens da Itália.
Seu personagem já no início do filme mostra que ele não é um qualquer, que mata sem dó nem piedade. O que faz criar uma expectativa maior com relação a trama. Ainda o vemos se cercar de cuidados quanto a sua segurança. Mas a estória perdeu o rumo depois dai. Ou eu que viajei demais por ter o George Clooney no elenco desse filme, esperando por um bom drama.
No livro, o qual foi baseado, até pode render uma boa estória. Mais ainda se aprofundou na relação dele com o pároco local. Culpas, expiações, pecados, absolvição… se houvesse mais no filme, ai sim seria um bom diferencial: a amizade dos dois.
O Padre, sem saber, o ajuda a construir uma arma. A arma que será usada para matar alguém. E quem seria esse alguém? Como, quem estaria por trás de tudo? Mais até, ele estaria ali só para construir essa arma?
Além dos dois colírios citados, outro ponto que fica no filme, e a título de curiosidade, está em mostrar que para quem entende do assunto, aquilo que as barreiras alfandegárias não enviam, encontrará as outras peças, ferramentas e materiais, numa oficina de desmanche de carros. As sucatas se transformando em uma arma que atinge o alvo de longe.
Um outro ponto negativo do filme, foi a falta da espontaneidade dos italianos. Do modo de falarem também por gestual. Até a língua italiana que eu gosto de ouvir, foram pouco usadas. Como desculpa: prostitutas aprendendo a língua inglesa. Para mim o real motivo seria que os americanos, em maioria, não gostam de verem legendas em filmes.
E ao término do filme me peguei a pensar se um outro Diretor teria feito da estória um bom filme. Como também me fez continuar gostando muito de ‘Layer cake’. Já que ‘Um Homem Misterioso‘ é bem mediano. Mesmo com os dois colírios – Clooney e Itália -, não recomendo. No máximo, esperem passar na tv.
Por: Valéria Miguez (LELLA).
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