E O Espetacular Homem-Aranha alça um voo muito mais alto…
Espetacular, sim! Até por prender a atenção com uma história já conhecida. Partindo de uma breve premissa – o nascimento do Homem-Aranha -, construiu-se uma nova e empolgante história para o jovem Peter Parker. Confesso que ainda no início era forte a lembrança do rosto de Tobey Maguire, mas depois forcei-me a não pensar mais nele para dar uma chance ao Homem-Aranha de Andrew Garfield. E ao vê-lo radicalizando com o skate, a imagem do outro se desfez. Nascia ali um novo Homem-Aranha, e com algo mais que conto mais adiante. Por hora, deixo meus aplausos ao Diretor Marc Webb.
O jovem Peter Parker continua um jovem tímido, inteligente, mas sem um esteriótipo nerd. Com uma aparência mais desleixada poderia passar despercebido pelos colegas do colégio, mas ainda sofre nas mãos de líder de uma certa turminha. Mesmo aparentando fragilidade, não se furta a tentar defender os demais oprimidos. Com isso, passa a ganhar a atenção da jovem a quem já dedicava olhares furtivos. Ela é Gwen Stacy. Então! Nesse filme não há mais a Mary Jane. Logo, a construção desse personagem feminino fica mais livre de comparações. Quem faz a Gwen é Emma Stone. Gostei dela em “Histórias Cruzadas“. Confesso que ao saber que ela que faria par romântico com o novo Homem-Aranha, foi que me fez pensar como seria a performance do Andrew Garfield. Não apenas na química entre os dois, mas também se ela não roubaria a cena quando atuassem juntos. Após ter assistido, para mim ela carimbou o passaporte para uma continuação. Não que ele fez feio, pelo contrário, interpretou tão bem que fez do personagem um ser livre para ser interpretado por outros jovens atores. Com ele é o personagem que aparece.
Com as demais atuações, destacaria ainda:
- Martin Sheen fez um Tio Ben, bem marcante.
- Já Sally Field ficou a desejar com a Tia May.
- Um Chefe da Polícia diplomático, bem interpretado por Denis Leary.
- E o vilão da vez: um também lagarto. Cabendo a Rhys Ifans interpretá-lo. Soube pular do cientista arrependido para o que buscava um outro tipo de poder.
Coube também a ele uma das cenas mais emocionantes, até por lembrar de uma outra com os personagens de Harrison Ford e Rutger Hauer no filme “Blade Runner: o Caçador de Andróides”. É! Numa de quem seria a caça, quem seria o caçador… O poder também pode escravizar. Já que poder é para quem pode. No caso em questão, é fazer com que o lado científico concilie com o lado humano, em vez de rivalizar.
A cada nova versão cinematográfica para esse personagem, para a sua trajetória de vida, mais que o avanço na tecnologia do 3D, seria a sofisticação do laboratório onde ele é picado pela aranha, e pela trama que vem daí. No uso que dariam para tal pesquisa. São os fins justificando os meios. Nessa versão, também se vê um avanço nisso. Lembrando que Stan Lee criou o Homem-Aranha na década de 60. De lá pra cá, muita coisa mudou também fora da ficção.
Claro que se poderia falar muito mais desse super-herói tão fascinante. O filme é excelente até focando apenas no quesito entretenimento. Como já citei, essa nova versão para o Homem-Aranha o deixa livre do peso do ator. O que vale dizer que Andrew Garfield não deixou saudades. Agora, se é válido pedir algo. Que as futuras escolhas fiquem mais naquele que aparentar ter uns 18 anos de idade.
Então é isso! Peguem bastante pipocas porque o filme é longo, mas é empolgante e com cenas emocionantes! Ah! Não saiam antes dos créditos finais. Há uma cena gancho para uma continuação e que deixa uma enigma: “Quem será ele?”
Por: Valéria Miguez (LELLA)
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