Banquete de Amor. Você tem fome de que?
“Oh! Tristeza me desculpe
Estou de malas prontas…“Pela presença cênica de Alexa Davalos em “Defiance“, fui pesquisar a sua filmografia… Então, cheguei a esse: “Banquete de Amor“. E tendo Morgan Freeman no elenco, foi um incentivo maior para querer assistir. Mas após um tempinho, eis que passa na Tv. Embora dublado, assisti. Até porque eu gosto também da voz de quem dubla esse ator no Brasil. Numa rápida pesquisa, eis o nome do Dublador: Márcio Seixas. A voz dele combina bem com o perfil do Morgan.
Embora o filme siga pela lenda contada pelo personagem do Freeman (Harry Stevenson), era a música que cito no início desse texto, que me veio logo a mente, e durante todo o filme. Por mostrar que alguns acham que “É impossível ser feliz sozinho…” Agora a lenda: Harry conta que os deuses gregos por estarem entediados inventaram os humanos. Como o tédio não passou, criaram o amor. Como gostaram do resultado, eles resolveram experimentar a paixão. Mais tarde inventaram o riso, para que pudessem manter esse amor.
Antes de ver o filme, minha curiosidade maior foi com o título. Banquete, dá a ideia de variedade; de diversos tipos de alimentos. Mais que a quantidade de cada uma das iguarias, há uma variedade de sabores que irão agradar ou não aos paladares dos convivas. Sendo um Banquete de Amor, pode-se pensar em diversas formas de amar, como também, nas várias emoções sentidas. Principalmente em como passar por uma perda.
Enquanto se vive um amor, enquanto se está saciado, vive-se o amor na plenitude. É costumeiro só prestar de fato atenção nesse amor, quando se pressente que irá perdê-lo, ou quando o perdeu de fato. Com o desenrolar da estória, vamos acompanhando os diversos tipo do amor: do superficial ao mais profundo. Mas quem dará mesmo tempero a eles, são os temperamentos de cada um dos personagens.
O persopnagem do Morgan Freeman (Harry Stevenson), fica se perguntando em porque não percebeu quando começou a perder o filho para as drogas. O filho buscou um alimento para o mundo da loucura. Mesmo que alguns defendam que é para encontrar o nirvana, é um passo num abismo. Mas isso é assunto para outro filme. Nesse, e pelo Harry, o acompanhamos nessa dor. Acontece que enquanto ele vivencia isso, também começa a observar as pessoas em sua volta. Em como vivenciam o amor.
O personagem de Greg Kinnear (Bradley Smith) mostra aquele tipo de pessoa que não sabe viver sozinho. Precisa ter alguém mais que para amar, em lhe fazer companhia. Estando saciado, não percebe se quem está ao seu lado também está sedento. Harry percebeu de pronto que ele perderia sua esposa Kathryn (Selma Blair), e para outra mulher, Jenny (Stana Katic). Ela não apenas gostou de se sentir desejada, como também queria ser o centro da relação. E ambos, Bradley e Kathryn, não estavam preparados para dividir o trono. Assim, era uma relação fadada a não durar muito.
Bem, Bradley logo estava receptivo a um novo amor. Mas novamente atraiu um amor não duradouro. Dessa vez encontrou Diana (Rhada Mitchell. Ela tentava se livrar de uma paixão por um homem casado, David (Billy Burke). Talvez numa de “curar-se de um amor com um outro“. A questão seria, se queria de fato curar-se. E David não estava disposto a deixar o banquete principal – seu casamento -, nem muito menos perder a iguaria externa.
Relacionamento entre pais e filhos por vezes é bem conflitante. Se de um lado tinha Harry sofrendo pela morte do filho, do outro, tinha um pai (Fred Ward) que pelo egoísmo, prepotência, arrogância… iria acabar perdendo o seu filho, Oscar (Toby Hemingway), não para a vida, mas sim para a morte. Mesmo sem saber, poderia viver em paz com o filho.
No caso de Oscar, se a morte o levaria, o destino colocou nesse seu tempo de vida, a jovem Chloe (Alexa Davalos). Ela recebera o aviso por uma cartomante. Ainda sem saber que seria ele. Quando o conheceu, a princípio quis fugir. Mas depois, como na poesia – “que seja eterno enquanto dure“, resolveu viver esse amor. O pai de Oscar quis estragar esse amor, só não contara com a presença invisível de Harry. Ele, junto com a sua esposa, Ester (Jane Alexander), seriam a família que ela, Chloe, não teve.
É assim que se segue em frente na vida. Haverá sabores que jamais esqueceremos. Mas se os saberes fizerem parte, não haverá desperdício em nenhum banquete.
Eu gostei do filme. Bom para ver e rever.
Por: Valéria Miguez (LELLA).
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