Lupas (3820)
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O roteiro é uma chuva de clichês insuportáveis de filmes do gênero e cada cena é tão artificial que a única coisa que se espera, logo de cara, é uma atuação inquestionável de Dakota Johnson, que supere qualquer impressão ruim que ela tenha deixado anteriormente em outras produções. E, realmente, para quem tinha alguma dúvida sobre a capacidade dela em "levar um filme nas costas"... bem... estava certo!
Gilberto C. Mesquita | Em 17 de Novembro de 2021. -
Guy Ritchie aproveita sua capacidade para escrever roteiros mirabolantes, repletos de personagens cafajestes estilosos e diálogos nonsenses, mas com uma aura pseudointectual, para entregar um filme divertido, apesar de não ter nenhum compromisso com coerência, consistência ou lógica. As atuações também são caricatas, o que dá mais "credibilidade" à obra burlesca. No entanto, já que tudo era um grande blefe mesmo, faltou um protagonista marcante ou mesmo alguma cena mais criativa.
Gilberto C. Mesquita | Em 16 de Novembro de 2021. -
Partindo de uma ideia já explorada em outras obras (por sinal, algumas com muito mais sutileza e sensibilidade, como "A Dupla Vida de Véronique"), Sally Potter apresenta um roteiro insosso sobre "vidas alternativas de escolha" ou algo assim. A direção se perde em cenas no mínimo chatas e inconsistentes (que filha maravilhosa, perder uma grande oportunidade de trabalho, para ter uma jornada absurda com um pai desnorteado que deveria estar num hospital). Nem Barden salva do fisco anunciado!
Gilberto C. Mesquita | Em 16 de Novembro de 2021. -
Ainda que a obra abandone um pouco o tom documental narrativo (do acampamento mesmo, que dá título ao filme, pouco se retrata; assim como são omitidos dados estatísticos ou a previsão de valores a serem disponibilizados pelo Governo, que tanto "freavam" o projeto 504), para centrar-se mais na parte emotiva dos personagens e na força interior de cada um (particularmente Judy, que até merecia uma apresentação mais detalhada), durante os eventos mostrados, o conjunto é inspirador e emocionante.
Gilberto C. Mesquita | Em 15 de Novembro de 2021. -
Seguindo um roteiro mequetrefe "inspirado" em ET (e com referências a outras obras do gênero), o filme basicamente usa a técnica de criar situações engraçadinhas para imprimir correria e quebra-quebra sempre que possível. Os personagens fofinhos são simpáticos e as cenas coloridas certamente agradam em cheio a criançada, no entanto, merecia algo mais inteligente.
Gilberto C. Mesquita | Em 15 de Novembro de 2021. -
Com roteiro sensível e ao mesmo tempo informativo, Wang viaja pela evolução cultural chinesa dos últimos 50 anos. Nada é fácil num regime totalitário onde o problema individual de cada um é insignificante para a sociedade. Porém, as pessoas têm sentimentos e vivem suas tragédias em silêncio ("Não é engraçado, ainda temos medo de morrer!"). As atuações e a parte técnica são primorosas, mas a edição entrecortada dificulta o entendimento temporal. O final é abrupto e até incoerente com a narrativa.
Gilberto C. Mesquita | Em 15 de Novembro de 2021. -
A ideia logicamente é boa, mas o conteúdo não ficou bem desenvolvido. Sabe-se que foi cortada mais da metade do texto (o autor mencionou numa entrevista), o que explica as lacunas e o mal acabamento de alguns diálogos, bem como a falta de apresentação dos personagens e a montagem "apressada" de algumas cenas, como a do início. A mistura de técnicas de animação, além da inserção desnecessárias de alegorias visuais, também prejudicou o conjunto. Ainda assim, tem algum mérito criativo.
Gilberto C. Mesquita | Em 25 de Julho de 2020. -
A ideia não é de toda ruim, mas a sequência óbvia, assim como o desfecho mais do que provável, acaba sabotando o conteúdo. Talvez, se tivesse um pouco mais de tempo "reflexivo" para cada episódio retratado da protagonista (tipo "A Casa de Pequenos Cubinhos"), pudesse emocionar. Além disso, precisaria inserir uma canção que transmitisse, em cada uma dessas partes, exatamente o que a personagem estivesse "vivendo" naquele momento.
Gilberto C. Mesquita | Em 25 de Julho de 2020. -
A ideia da história já não é original, e o desenvolvimento alegórico relativo ao "conceito de nobre selvagem" (ou algo dessa natureza) acaba não transmitindo nada concreto. Resta apenas uma técnica razoável de pintura "sombria", mesmo assim, nada que se destaque tanto.
Gilberto C. Mesquita | Em 25 de Julho de 2020. -
Trabalhando com situações mais absurdas que as proporcionadas por "Ligeirinho" ou "Papa-Léguas", o curta abusa do humor negro para fazer graça, sem conseguir finalizar o contexto com criatividade.
Gilberto C. Mesquita | Em 24 de Julho de 2020. -
Muito longo, pra pouco conteúdo (bem inconsistente por sinal, particularmente o desfecho), o curta se destaca mais pela riqueza dos detalhes visuais, ainda que a animação não seja um primor técnico, além de ter o mérito de contar a história sem se apegar a diálogos ou mesmo à incômoda narrativa em off.
Gilberto C. Mesquita | Em 24 de Julho de 2020. -
O curta consegue transmitir com precisão o papo-cabeça sem sentido do John Lennon (talvez ainda sob o efeito de alguma viagem lisérgica), na verdade, toda sua hipocrisia filosófica. Logicamente, os fãs ("as crianças quadradas que só querem ficar embaixo das asas dos pais" provavelmente não estão nesse grupo) do músico-deus (como o define o entrevistador em uma passagem) devem adorar essa balela de "quero paz".
Gilberto C. Mesquita | Em 24 de Julho de 2020.