Lupas (188)

Um filme doente.

Mia Hansen-Love nos conduz a viver dentro de seu filme, que é sobre a criação de filmes, conclusão de sonhos e confrontação com a realidade. Magnífico!

Existe um Ozon realista e um bizarro, que parece se intercalar ao longo de sua obra (eventualmente o artifício é também notado nos filmes realistas). Potiche é da classe da bizarrice e o tom demora a ser alcançado pelo diretor. Mas ele consegue e vai bem!

Muito, muito, muito, muito impressionante! Cinema de primeira qualidade, levando o público (eu, no caso) a um estado de envolvimento e compenetração absoluto. Quase joguei coisas na tela, quando apareciam certos sujeitos estúpidos. Score Mr. Ferguson!

Meio quadrado, mas se vale de uma boa sacada de ligar a trajetória das carreiras dos dois cineastas e de sua amizade à figura do ator Jean-Pierre Léaud.

Dostoiévski-Visconti-Gray-Brizé. Filme de silêncios, tempo, planos verticais, tristeza imensurável.

Tudo no filme, ao mesmo tempo que é bom e funciona, é também seu fracasso. Vale para a narração, para os comentários sociais, para o sexo, para as relações de amizade. O saldo é positivo por conta do final, mas mesmo isso não apaga certos excessos.

O novo filme de Woody Allen é uma longa piada/reflexão sobre o olhar diante do passado (e por consequência, a perspectiva em relação ao presente, seja ele qual for), que proporciona momentos agradáveis, ainda que em algumas partes seja meio desengonçado.

Bla bla bla bla bla bla Magneto bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla Magneto bla bla bla bla Magneto bla bla bla Magneto bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla Magneto bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla Magneto bla bla bla Magneto.

Cinco minutos de filme e TODOS OS CLICHÊS DO MUNDO estão em cena. O que isso quer dizer? Que o filme sabe mesmo o que é e o que pode ser, então não exige de seu espectador mais que duas horas de paciência para uma bobagem que não liga em ser barango. E é!

Que filme lindo esse do Ford, com sua alma biográfica do retorno do diretor (e seu alter ego John Wayne) à Irlanda natal, de personagens bizarros e adoráveis, de brigas intermináveis. A cena do primeiro beijo entre Wayne e O'Hara é antológica!

Igualzinho o primeiro em estrutura, com a diferença básica de não ser engraçado. Nadinha!