Lupas (28)

Longe de vossa melhor forma e apenas adequando a repetitiva fórmula de outrora aos dias atuais, Craven e Williamson criam um dos melhores retratos da Geração Y dentro do cinema. Ingênuo, sim. Mas era pra ser diferente? Como diz Dollynho: "não seje burro"

procurem pela versão estendida.

Dentro de seu mundo, Freddy Krueger é quem dita as regras. Nada é impossível nos sonhos. O horror é inesperado, absurdo, anárquico. Wes Craven foi, indiscutivelmente (e não só neste filme), um cineasta espetacular.

Dentro da situação na qual o gênero se encontra atualmente, enquanto não aparecer aquele filme definitivo, que marca época, James Wan continuará se destacando fazendo seu feijão com arroz. Não inova, mas seus filmes apavoram (ainda que os sons exagerem).

Obra-Prima, sem mais. Impossível não se identificar com algumas passagens.

Pode não sobreviver ao tempo no quesito "horror" aos olhos de alguns, simplesmente porque seus maiores acertos não estão no medo em si, e sim na síntese de um gênero. O mais influente e importante suspense dos últimos, sei lá, 30 anos?

Sem Williamson, enfraquece o filme seja na perda do autorreferencial ou na inserção de elementos sobrenaturais. Mas a essência foi mantida: as regras de uma trilogia, as personagens, e tudo o que essa franquia representa para mim: um amor indescritível.

O terror presente no filme é medíocre. Mas os laços de amizade, os dramas, as marcas do passado, os medos, as rejeições... todos esses elementos (e outros) presentes que nos permitem sentir empatia tornam a experiência de ter visto o filme compensadora.

Iglesia brinca com a crise espanhola e o egocentrismo provocado pela mídia. Mesmo não estando entre seus melhores trabalhos e longe do estilo que nos trouxe filmes geniais, é muito bom.

"Devo ter matado mais gente que Cecil B. DeMille"

São os enigmas matemáticos (o das 3 filhas é fantástico) que tornam o filme interessante. Como cinema, é canhestro.

Hiller sempre se deu bem de verdade em comédias mesmo.